O Supremo Tribunal Federal viveu um dia decisivo nesta quinta-feira (11), quando o ministro Luiz Fux surpreendeu ao votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro em um dos processos mais emblemáticos contra ele. A decisão de Fux abriu caminho para uma reviravolta no julgamento, que até então se desenhava para uma condenação.
No voto, o ministro argumentou que não havia provas consistentes capazes de sustentar uma punição e destacou a necessidade de garantir o devido processo legal. “O Supremo não pode se guiar por clamor popular ou pressões externas, mas apenas pelo que está nos autos”, afirmou Fux, ressaltando que eventuais erros políticos não podem ser confundidos com crimes de responsabilidade ou infrações penais.
Com a manifestação, Bolsonaro foi absolvido no caso específico que tratava de sua suposta incitação a atos antidemocráticos. A decisão gera impacto político imediato: fortalece o discurso de perseguição judicial defendido por seus aliados e pode servir de base para recursos em outros processos ainda em andamento.
Analistas apontam que o voto de Fux foi decisivo não apenas para o resultado, mas também para o clima de divisão dentro da Corte. Enquanto alguns ministros entendiam que o ex-presidente deveria ser responsabilizado, a posição do magistrado reequilibrou a balança e abriu espaço para uma nova interpretação jurídica.
No meio político, a repercussão foi imediata. Parlamentares da base governista criticaram a decisão, alegando risco de impunidade, enquanto a oposição celebrou como uma vitória da democracia.
Apesar da absolvição neste processo, Bolsonaro ainda responde a outros inquéritos e ações judiciais que podem definir seu futuro político. No entanto, o julgamento de ontem representou um respiro para o ex-presidente, que vinha acumulando derrotas em tribunais superiores.
Agora, a expectativa se volta para os próximos capítulos no STF, onde os desdobramentos podem definir se a absolvição será um ponto de virada ou apenas um episódio isolado em meio às batalhas judiciais de Jair Bolsonaro.