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Juíza determina extração de dados dos celulares de policiais da Rotam e amplia investigação sobre execução de advogado

Foto: Secom-MT

A juíza Edna Ederli Coutinho expediu um novo mandado de prisão contra quatro militares da Rotam, já detidos por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery. Além disso, determinou a extração de dados dos celulares dos suspeitos e a realização de buscas nas viaturas e nas dependências do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), em Cuiabá.

As ordens judiciais atingem os policiais Jorge Rodrigo Martins, Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos e Wekcerlley Benevides de Oliveira. Eles são suspeitos de forjar um confronto na Avenida Contorno Leste, em Cuiabá, resultando na morte de um homem e no ferimento de um adolescente. O objetivo seria plantar a arma utilizada no assassinato de Nery para incriminar as supostas vítimas do confronto.

Investigações apontam simulação de confronto

Depoimentos, perícias e outras provas técnicas indicam que a versão do confronto armado apresentada pelos policiais contém inconsistências e contradições. Segundo as investigações, o adolescente ferido confessou ter participado do crime contra o advogado, mas afirmou que usava um revólver de brinquedo. A perícia também constatou a ausência de armas reais no local, reforçando a suspeita de que os policiais alteraram a cena e simularam o tiroteio.

Diante das evidências, a juíza determinou:

Caso os veículos estejam em serviço no momento do cumprimento dos mandados, poderão ser revistados.

Corregedoria da PM acompanha diligências

Além da análise de celulares, computadores e dispositivos eletrônicos, a Corregedoria-Geral da Polícia Militar foi acionada para monitorar as investigações.

Outros dois suspeitos já estão presos: Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o executor do advogado, e o sargento Heron Teixeira Pena Vieira, também da Rotam, cujo envolvimento ainda está sob apuração.

O advogado Renato Nery foi morto a tiros no dia 5 de julho, em frente ao seu escritório, em Cuiabá. A motivação do crime segue em investigação. Seis dias depois, um homem foi morto e um adolescente ficou ferido no suposto confronto com a PM, episódio que levantou suspeitas sobre a atuação dos policiais ao constatarem que a arma usada para matar Nery foi “encontrada” com as vítimas.

FONTE – RESUMO

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