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Justiça mantém bloqueio de veículo de R$ 177 mil ligado a investigado do Comando Vermelho em MT

Foto: Reprodução

A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou o pedido de restituição de um veículo Toyota Corolla Cross avaliado em R$ 177 mil, apontando indícios de tentativa de blindagem patrimonial. O carro está ligado a Renan Freire Borman, considerado braço direito de Paulo Witer, o “WT”, tesoureiro da facção Comando Vermelho em Mato Grosso.

O pedido foi feito por Camila Freire Borman Arges, que alegou ter adquirido o veículo em junho de 2023 e o vendido posteriormente ao irmão Renan, com a transferência formalizada apenas em março de 2024. Após a prisão de Renan, ocorrida em 2 de abril, e a desistência de uma nova compradora, Camila afirma ter “recomprado” o automóvel, devolvendo os valores pagos e assumindo o restante do financiamento.

A defesa alegava que Camila seria possuidora de boa-fé e pedia a retirada das restrições sobre o veículo. No entanto, o Ministério Público Estadual se manifestou contra o pedido, sustentando que ela não comprovou a aquisição legítima e tampouco conseguiu desvincular o bem dos fatos investigados na ação penal.

Ao julgar o caso, a magistrada considerou frágeis as alegações da requerente e ressaltou que o veículo seguia registrado em nome de Renan, inclusive com o financiamento ainda ativo em seu nome. A juíza apontou que a reaquisição do carro ocorreu poucos dias após a prisão do investigado, o que levanta suspeitas de tentativa de ocultação patrimonial.

A decisão destacou também que Camila tinha conhecimento das medidas cautelares contra seu irmão e que não apresentou documentos que comprovassem de forma convincente a posse legítima do veículo. Para a juíza, o conjunto de evidências reforça a tese de que a operação visava proteger o patrimônio de Renan diante do avanço das investigações.

Com isso, o pedido de restituição foi julgado improcedente e o bloqueio judicial sobre o veículo permanece em vigor.

FONTE – RESUMO

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