“Minha mãe não é bandida, não é assassina”, diz irmã de criança

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    Foto: Reprodução

    Midia News

    A vendedora B.C.S.C., de 22 anos, filha da dona de casa que chegou a ser presa acusada de matar sua bebê de um mês, quer punição aos que acusaram sua mãe sem provas.

    A mulher de 44 anos foi presa por suspeita de ter matado a criança por espancamento no domingo (3), no Bairro Três Barras, em Cuiabá.

    A declaração de óbito da menina apontou, porém, que ela teve asfixia mecânica devido à broncoaspiração, quando o bebê inspira o vômito ou um corpo estranho e as vias aéreas são interrompidas.

    “Nós vamos procurar nossos direitos porque isso foi um calúnia contra a minha mãe, foi uma humilhação muito grande. A minha mãe correu muito risco de vida, está correndo risco até agora, devido uma coisa que nunca existiu”, afirmou B..

    A mulher foi considerada suspeita após a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi acionado para socorrer a menina, constatar que a criança estava com hematomas pelo corpo.

    Bruna explicou que os hematomas foram provocados quando a mãe tentava reanimar a criança.

    “Ela deu de mamar a nenê, deixou ela na cama 'viradinha' e foi no banheiro. Quando ela voltou, a nenê já estava em óbito. Ela tentou reanimar de todas as formas porque não queria aceitar que a nenê tinha morrido. E foi isso que causou os hematomas”, declarou.

    Bruna contou que toda família está arrasada com a morte da criança. A mãe, segundo ela, está à base de remédios.

    A recém-nascida foi enterrada na tarde desta segunda-feira (4) no Cemitério São Gonçalo, na Capital.

    “Minha mãe nunca foi bandida. A minha mãe não é assassina. A população se revoltou contra ela antes mesmo que ela pudesse impor a versão dela, antes dela falar o que aconteceu. Ela não teve oportunidade de se defender.  Foi um descuido? Foi. Mas poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Por isso que a gente vai realmente entrar com um processo contra o culpado”, afirmou, sem dizer quem pretende acionar. 

    O caso é investigado pela Delegacia de Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

    O laudo completo da morte da criança será realizado pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) em até 15 dias.

     

    O caso

    Segundo o boletim de ocorrência, o caso aconteceu por volta das 22h30, quando a mulher de 44 anos acionou a PM alegando que sua filha havia parado de respirar após sofrer sangramento nasal.

    Os policiais então chamaram uma ambulância Samu, que apenas constatou a morte do bebê.

    Um médico examinou a menina e afirmou que ela estava com hematomas pelo corpo. Conforme o profissional, essa seria a provável causa da morte.

    Os militares então deram voz de prisão à mulher, que negou o crime.

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