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PF aponta que lobista investigado por venda de decisões judiciais acumulou frota de 396 veículos e quatro aeronaves

Foto: Reprodução

A Polícia Federal identificou que o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, investigado por envolvimento em um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em outras cortes, possui um patrimônio estimado em R$ 113 milhões, distribuído entre 396 veículos e quatro aeronaves, registrados em empresas ligadas a ele.

As informações constam em relatório encaminhado neste mês ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação está em fase avançada e apura, entre outras práticas, o uso de empresas para ocultação de bens, pagamento de vantagens indevidas e possível cooptação de servidores públicos.

Segundo a PF, a empresa Florais Transporte, que pertence a Andreson, concentra a maior parte dos veículos: são 113 caminhões (cavalos mecânicos), 48 reboques, 215 semirreboques e 20 veículos leves, com valor estimado em R$ 97 milhões. A empresa conta com apenas 48 funcionários, número considerado incompatível com a dimensão da frota. A corporação suspeita que a transportadora seja utilizada para lavagem de dinheiro.

Além disso, Andreson também é proprietário da Florais Táxi Aéreo, que mantém quatro aeronaves avaliadas em R$ 16 milhões. O relatório aponta inconsistências na operação da empresa aérea, como a baixa frequência de voos, ausência de seguro obrigatório (RETA) em algumas aeronaves e indícios de que a estrutura não seria compatível com a prestação efetiva de serviços de táxi aéreo.

Entre as hipóteses investigadas, está a possibilidade de que as aeronaves tenham sido disponibilizadas para uso de autoridades do Judiciário, como parte do esquema de influência e negociação de decisões judiciais.

A defesa de Andreson foi procurada, mas preferiu não se manifestar até o momento.

A Polícia Federal afirma que os novos dados reforçam linhas de investigação já existentes e revelam conexões ainda não identificadas, exigindo a reavaliação e reorganização do material obtido.

FONTE – RESUMO

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