PM nega interferência em cena de crime e justifica apreensão de arma para evitar acesso do suspeito

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    Foto: reprodução

    A Polícia Militar de Mato Grosso negou ter interferido na cena do crime envolvendo o soldado Ricker Maximiano, acusado de matar a companheira Gabrieli de Sousa, de 31 anos, em Cuiabá, no último domingo (25). Em nota oficial, a corporação alegou que apreendeu a arma do policial para impedir que ele retornasse ao local e a recuperasse, já que ainda não havia sido preso no momento da apreensão.

    A conduta do soldado está sendo investigada, e a ação da PM no caso gerou críticas por parte da Polícia Civil. O delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a retirada da arma comprometeu a preservação da cena do crime, o que dificulta o andamento das investigações. Segundo o delegado, casos semelhantes de intervenção da PM têm sido recorrentes.

    “Aqui, a gente veio fazer a apreensão da arma do crime. Aqui é a casa do pai dele. A Polícia Militar veio aqui e retirou a arma de onde ele a tinha deixado. Então, mais uma vez, a Polícia Militar veio mexer na cena do crime. Isso atrapalha demais as investigações”, declarou à imprensa.

    Em resposta, a Polícia Militar afirmou que a arma foi recolhida em um local diferente de onde o crime ocorreu e que foi devidamente entregue à Polícia Civil. “A Polícia Militar esclarece que apreendeu a arma em local diverso de onde o crime foi praticado e a entregou à autoridade policial na delegacia, conforme consta no Boletim de Ocorrência, uma vez que o suspeito ainda não estava preso e poderia voltar ao local para pegá-la”, informou a corporação.

    O caso segue sob investigação e a conduta dos envolvidos deve ser analisada pelas autoridades competentes.

    FONTE – RESUMO