O estado de Mato Grosso, maior consumidor de potássio do Brasil e líder na produção agrícola nacional, será um dos principais beneficiados pelo Projeto Potássio Autazes, iniciativa da empresa Potássio do Brasil, subsidiária da multinacional Brazil Potash. Embora a exploração mineral ocorra em Autazes, no Amazonas, a maior parte do insumo deverá ser destinada ao território mato-grossense, que consome cerca de 40% de todo o potássio utilizado no país.
O projeto foi tema de uma reunião entre representantes da empresa e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB). Segundo a companhia, a proposta é fortalecer a cadeia nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência das importações — atualmente responsáveis por mais de 85% da demanda interna — e reforçando a segurança alimentar com uma produção mais próxima das regiões agrícolas.
A expectativa é que a unidade em Autazes produza até 2,2 milhões de toneladas de potássio granulado por ano. A iniciativa já recebeu licença de instalação dos órgãos ambientais competentes e deve iniciar sua fase de implantação ainda em 2025.
O projeto inclui a construção de uma usina de concentração de minério e a criação de um corredor logístico fluvial até o porto de Urucurituba (AM). De lá, o potássio será transportado para os estados consumidores, com Mato Grosso como principal destino. A logística promete ainda reduzir significativamente a emissão de gases de efeito estufa, com estimativa de evitar a liberação de cerca de 1,2 milhão de toneladas de CO₂ ao ano em comparação ao modelo atual de importação.
Além dos ganhos ambientais e produtivos, a operação deve gerar aproximadamente 2.600 empregos diretos e fomentar o desenvolvimento socioeconômico nas áreas envolvidas. A mineração será realizada em profundidade de cerca de 800 metros e adotará tecnologias de reaproveitamento e reinjeção controlada de cloreto de sódio. Também está prevista a construção de 160 km de linhas de transmissão de energia elétrica, com potencial de beneficiar aproximadamente 100 mil pessoas.
Participaram da reunião o presidente do Conselho da Brazil Potash, Mayo Schmidt, o diretor Willian Con Steers e o consultor técnico Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do DNIT. O deputado Max Russi reforçou o compromisso da Assembleia em acompanhar a execução e os impactos do projeto no setor produtivo estadual.
FONTE – RESUMO