Botelho: decisão cria “tensão”, mas não prejudica o Governo

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Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews
ALMT

Midia News

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), disse acreditar que o afastamento do secretário de Segurança, Rogers Elizandro Jarbas, do cargo não terá impacto algum no Governo Pedro Taques (PSDB).

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, afastou Jarbas na quarta-feira (20) por, supostamente, estar usando o cargo e influência para interferir nas investigações sobre o escândalo dos grampos telefônicos.

Para Botelho, que é membro da base governista, apesar de a decisão criar um clima de “tensão”, a atual gestão será tocada normalmente.

“Eu acho que o Governo, Assembleia, Tribunal de Justiça, Ministério Público, entre outros, estão sujeitos a essa situação. As pessoas passam e o poder continua. Eu acredito que, para o Governo, isso não vai ter impacto nenhum”, disse.

“O Governo vai continuar trabalhando, fazendo suas ações. Não vejo impacto negativo. Evidente que tudo que chega nesse sentido, cria tensão. Mas não vai atrapalhar o andamento dos trabalhos”, afirmou.

O parlamentar, entretanto, preferiu não tecer comentário a respeito da decisão de Perri. Em coletiva na noite de quarta, Taques classificou como “absurda” e “esdrúxula” a decisão do desembargador. Disse, também, que ele estava sendo “parcial” na condução das investigações.

“Prefiro não fazer comentários sobre assuntos que não tenho conhecimento. Não sei o que levou o desembargador a afastar o secretário, já estamos aqui com tantos problemas na Assembleia que fica difícil ficar olhando problema dos outros”, minimizou.

 

O afastamento

Orlando Perri determinou, nesta quarta-feira (20), o afastamento do secretário Rogers Jarbas de suas funções. 

Ele também determinou medidas cautelares, como o monitoramento de Jarbas por tornozeleira eletrônica e busca e apreensão em seu gabinete e em todas as dependências da secretaria.

Além disso, o desembargador determinou a apreensão de seu aparelho celular; proibição de acessar ou frequentar qualquer órgão governamental, em especial aos ligados à área de Segurança Pública.

Jarbas também está proibido de manter qualquer tipo de contato com testemunha, réus e investigados no esquema dos grampos, bem como com secretários de Estado e funcionários.

De acordo com a decisão, o afastamento se baseia em várias evidências de que Rogers está usando seu cargo e sua influência para interferir nas investigações sobre o escândalo dos grampos – "tentando obter documentos sigilosos, constrangendo autoridades policiais e oficiais militares, e intimidando pessoas ligadas à apuração destes fatos".

Em conversa com a imprensa, ao saber da notícia, Jarbas se disse surpreso.

“Não esperava essa decisão. Nem me deram cópia dos autos ainda. Preciso ver os autos para ver o que tem”, disse.

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