Parada LGBT reúne cerca de 3,5 mil pessoas na Capital

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Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews
CAMARA VG

Midia News

A 15ª edição da Parada LGBT de Cuiabá acontece na tarde desta sexta-feira (22). O movimento tem como objetivo combater a homofobia e dar voz às lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outras denominações. 

Neste ano, o movimento defende o estado laico, ou seja, a liberdade de crença entre os povos. A manifestação cobra que todos tenham os mesmos direitos, independentes de crenças, orientações sexuais ou raça.

De acordo com a Polícia Militar, até as 16h50, cerca de 3,5 mil pessoas participavam do movimento, que teve início na Praça Ipiranga, às 14h. 

O trajeto da Parada deste ano tem novidades e será encerrado na Orla do Porto, onde há a expectativa de haver show da cantora Ludmilla.

Parte do trânsito na região central de Cuiabá foi interditada temporariamente, enquanto os participantes da Parada trafegam pela região.

Luta pelos direitos LGBT (atualizada às 16h50)

As travestis Noemia Abravanel, de 27 anos, e Bianca Schmidt, 22, participam do evento. Elas revelaram que demoraram duas horas para se arrumar para o evento, que consideram um dos mais importantes para a comunidade LGBT do Estado.

Reprodução

Parada Gay 2017

As travestis Noemia Abravanel, de 27 anos, e Bianca Schmidt, 22

A drag queen Nathaly Becker, que se monta há cinco anos, disse que levou cerca de uma hora e meia para se montar.

Ela é Miss Drag Queen de Chapada dos Guimarães e afirmou que a Parada também destacaou a importância do movimento.

"É maravilhoso estar na Parada Gay, pois estou também lutando pelos meus direitos", declarou.

 

Contra "cura gay" (atualizada às 17h15)

Os participantes da Parada bradam contra a decisão de um juiz federal que barrou, em caráter liminar, a punição de profissionais que oferecem tratamento de reversão sexual. A decisão provisória é de 15 de setembro e acolhe um pedido de três psicólogos que acreditam na "cura gay". 

Durante o trajeto, os participantes criticam a "cura gay" e bradam contra a homofobia. "Eu beijo homem, beijo mulher. Tenho direito de beijar quem eu quiser", entoam.

A drag queen Regina Mota, de 43 anos, contou que participou de todas as 15 edições da Parada. Ela se orgulha de integrar o movimento e revelou que sempre passa horas se arrumando para o grande dia.

"A Parada Gay de Cuiabá é uma tradição e por isso merece glamour e beleza", declarou, em cima de um salto alto e de uma roupa semelhante à de passistas de escola de samba.

Regina também frisou a importância social do movimento LGBT.

"Eu tenho que lutar pelos meus direitos. Agora inventaram mais uma, que é a cura gay. A gente não precisa de cura, precisa ter os nossos direitos assegurados", declarou.

Estimativa de público, segundo a organização (atualizada às 17h30)

O presidente do grupo Livremente, Gabriel Henrique Figueiredo, afirmou que a expectativa inicial era que o movimento reunisse oito mil pessoas. 

"Acredito que, ao menos, 15 mil pessoas estão na Parada, neste momento”, disse.

Alair Ribeiro/MidiaNews

Parada Gay 2017

Presidente do grupo Livremente, Gabriel Henrique Figueiredo afirmou que Parada é movimento cultural e social

Ele classificou o movimento como um grande ato político e cultural.

“Viemos às ruas de Cuiabá para mostrar nossa bandeira, nossa luta, mas também beijar na boca e namorar”, pontuou.

“Esse movimento é um espaço onde denunciamos toda situação que vivemos como LGBT. Mostramos a exclusão e a marginalidade na sociedade”, completou.

Ele ainda frisou que a Parada deste ano pede que o Estado seja laico e todas as crenças sejam respeitadas.

“Infelizmente nossos legisladores e executivos têm cerceado a população LGBT por conta de alguns religiosos”, declarou.

 

Trânsito interditado temporariamente (atualizada às 18h10)

De acordo com agentes de trânsito que estão na Parada, o tráfego na região central de Cuiabá segue com poucas dificuldades. Houve interdição no acesso à Avenida Quinze de Novembro e à Coronel Duarte. Porém, posteriormente as vias foram liberadas.

"O engarrafamento que está havendo é pouco, porque não tem como não interditar, nem que seja um pouco, o trânsito. Esse transtorno é normal, não tem como evitar. Mas devagarzinho, conforme a passeata vai andando, o trânsito vai sendo normalizado".

"Depois que a Parada passar, a situação vai voltar ao normal. Passou, liberou 100%", completou um agente de trânsito.

A estimativa é de que até as 18h30 o movimento chegue ao seu destino final, na Orla do Porto.

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