Botelho defende que ninguém é insubstituível e diz que Governo não pode parar por conta de operações

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CAMARA VG

Olhar Direto

Diante do afastamento – e da prisão de alguns –  e do afastamento de membros do staff de Pedro Taques (PSDB), por determinação da Justiça, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), disse que o Executivo não pode ser responsabilizado pelas ações de quem quer que tenha cometido crimes e defendeu que o Governo não pare de executar ações e obras por conta dos últimos acontecimentos.

“Se teve grampo, se alguém o fez, quem tem que responder não é o Governo do Estado, não é a estrutura governamental. As ações do Governo não podem parar, as obras, as melhorias na saúde, as Caravanas. A vida é assim, sai uma pessoa, entra outra e o Executivo continua”, disse Botelho, que participou de uma reunião de emergência com Pedro Taques na noite da última quarta-feira (27).

Botelho utilizou como exemplo o próprio caso do Legislativo, que foi alvo de Operação da Polícia Federal há exatamente duas semanas e, atualmente, tem pelo menos 17 deputados – incluindo o próprio presidente – sendo alvos de investigação na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). “Aqui saíram vários deputados e continua a mesma coisa, e assim vai”, afirmou.

O presidente do Legislativo, inclusive, tem defendido sistematicamente que os parlamentares resolvam seus problemas judiciais individualmente e que marquem presença nas sessões plenárias. Embora não fossem comuns sessões com grande número de deputados, desde que a delação de Silval Barbosa veio à tona, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso vive uma de suas maiores crises de quórum. “Vou continuar exigindo dos deputados que compareçam às sessões”, insistiu Botelho.

Operação Esdras

Na última quarta, na Operação Esdras, por determinação do desembargador Orlando Perri, foram presos os secretários de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas – que já estava afastado do cargo; e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Júnior; e os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Zamar Taques; e da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Lesco. Nesta quinta, o secretário de Comunicação, Kleber Lima, teve afastamento determinado pela Justiça.

“Evidentemente, lógico, que dá um impacto, mas nada que vá atrapalhar o Governo em si. Mesmo porque, o cérebro do Governo é a área econômica e ela não foi atingida”, minimizou Botelho.

O presidente comentou ainda o inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar Pedro Taques, a pedido do próprio governador, no caso dos grampos. “Investigar pode, o que não pode é fazer pré-julgamento sem investigar”, resguardou.

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