Ong questiona doações de desmatadores a campanha de Sachetti

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Reprodução
CAMARA VG

O deputado federal licenciado Adilton Sachetti (sem partido) foi destaque de matéria produzida pela Ong Repórter Brasil e publicada no portal Uol, que abordou doações de campanha à parlamentares e ministros feitas por empresas e pessoas jurídicas que estão na lista de autuados por desmatamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A reportagem questiona três projetos apresentado por Sachetti, em menos de seis meses após ele tomar posse em 2015, que refletem diretamente o interesse econômico de cinco financiadores de sua campanha, todos integrantes da lista de desmatadores do Ibama.

De acordo com o levantamento da ONG, Sachetti recebeu R$ 50,3 mil de Eraí Maggi e R$ 100 mil de José Maria Bortoli, sócios do grupo Bom Futuro que têm fazendas a cerca de 200 quilômetros de onde o parlamentar tem um projeto para a instalação de hidrovias em rios que cortam os estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Caso o projeto seja aprovado, a rota abriria passagem para embarcações de transporte de carga saírem dos municípios de Sinop e Juína, região do Mato Grosso onde fica os negócios de cinco dos doadores-infratores, e navegarem até a foz do Rio Tapajós, na cidade de Santarém.

Além de Eraí Maggi e José Maria Bortoli, o presidente do grupo Nativa, Romeu Froelich, produtor rural de Primavera do Leste, o diretor da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso) Roland Trentini e Santo Nicolau Bissoni, sócio da Transportadora e Agropecuária Botuverá, de Rondonópolis são citados como doadores na campanha de Sachetti.  

Outro lado 

Em resposta a reportagem, Adilton Sachetti disse que os projetos de sua autoria defendem melhores condições para transportar grãos e gado do centro para o litoral, que é uma das principais reivindicações do agronegócio. Ele também declarou que os cinco doadores citados na matéria são seus amigos de longa data e que dificilmente um produtor que trabalha na fronteira agrícola não tem problemas com o Ibama.

“Somos todos lideranças do setor. Chegamos juntos ao Mato Grosso como arrendatários, eu tenho uma história com essas pessoas. Quem mora em área de fronteira agrícola, com nossa legislação, não vai escapar de ter problemas com o Ibama. Eu sei o que é ter que trabalhar para melhorar a logística do país. A gente vive em um Estado em que há um problema de logística”, avaliou.

Olhar Direto entrou em contato com o deputado três vezes por telefone, mas ele estava em viagem em Aripuanã e conseguiu falar sua versão. 

Veja a íntegra da reportagem aqui.

Olhar Direto.

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