Lei obriga assistência odontológica a pacientes internados em hospitais

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CAMARA VG

O governo do estado sancionou a lei que torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar no estado de Mato Grosso. A regulamentação prevê prazo de 180 dias, desde a sua aprovação da lei, datada em 27 de dezembro de 2017. A iniciativa é do deputado Eduardo Botelho (DEM), que se baseou no Manual de Odontologia Hospitalar publicado pela Secretaria do Estado da Saúde do Estado de São Paulo.

“A odontologia hospitalar é um conjunto de ações preventivas, realizadas em ambiente hospitalar que funcionam em conjunto com uma equipe multidisciplinar. Por isso, a importância do dentista dentro do hospital tem sido discutida, pois os pacientes internados têm uma higienização bucal deficiente, facilitando a colonização de bactérias”, destacou o parlamentar.

Consta ainda na lei que a assistência será oferecida independentemente da doença ou do agravo à saúde dos pacientes beneficiados ou do tempo de internação hospitalar.

“Quando uma pessoa está internada em um hospital é comum nos preocuparmos com muitas coisas como: estado de saúde, infecções, alimentação, conforto e etc. Porém, não é comum saber se o paciente está com a saúde bucal em dia”, lembrou Botelho.

Ele falou também que existem pesquisas que mostram que a presença do cirurgião-dentista em ambiente hospitalar pode diminuir o tempo de internação em até cinco dias.

“O cirurgião-dentista deve ter foco no paciente cuja doença sistêmica possa ser fator de risco para agravamento ou instalação de doença bucal”, apontou o deputado.

Segundo o Ministério da Saúde, estudos mostram estreitas relações entre infecções pulmonares e a condição bucal. Um exemplo é a pneumonia nasocomial, que é responsável por altas taxas de morbidade, mortalidade e aumento expressivo dos custos hospitalares. Ela surge pela aspiração do conteúdo infeccioso presente na boca e faringe.

Há ainda inúmeras outras situações em que a condição bucal do indivíduo pode levar ao desenvolvimento de doenças ou ao agravamento de outras condições. É o caso da endocardite Infecciosa, que tem como causa frequente infecções de origem bucal que caem na corrente sanguínea e atacam o coração. “Esses exemplos só comprovam como a presença do dentista no hospital traz vários benefícios ao paciente”, concluiu Botelho.

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