Após aprovarem soltura de Savi, deputados esvaziam sessão e contas de Taques são adiadas

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CAMARA VG

A votação das contas do governador Pedro Taques (PSDB), do exercício de 2016, foi adiada mais uma vez em função da falta de quórum na Assembleia Legislativa. A expectativa era de que a matéria fosse finalmente votada nesta terça-feira (05), uma vez que minutos antes das contas serem apreciadas haviam 18 deputados no Plenário para votar a revogação da prisão do deputado Mauro Savi (DEM). No entanto, mesmo diante da presença do secretário de Governo Domingos Sávio, os deputados voltaram a esvaziar a sessão.

Há algum tempo a Assembleia Legislativa não registrava um quórum tão significativo como nesta terça-feira. A articulação se deu pela necessidade de votar o relatório da Comissão de Ética do Legislativo, que pedia a revogação da prisão do deputado Mauro Savi, detido no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 09 de maio.

No entanto, logo após aprovarem a soltura de Savi, pelo menos metade dos deputados que participavam da sessão deixaram o Plenário e, sem quórum suficiente, a votação das contas, que iria ser analisada com outra série de matérias que estão empacadas no Legislativo, foi adiada mais uma vez.

Pela manhã, o governador Pedro Taques chegou a falar sobre a votação de suas contas, mas assim como em outras declarações disse que não iria açodar o trabalho dos deputados. “A Assembleia tem seu espaço temporal, tem seu tempo, que eu devo respeitar e estamos fazendo isso, nosso Governo faz isso”, afirmou.

Taques sugeriu, ainda, que o esvaziamento das sessões poderia ser uma manobra dos deputados para lhe cobrarem o pagamento das emendas impositivas. “Os deputados têm as suas pendências, querem discutir a cota e isso faz parte do jogo democrático”.

As contas

As contas de Taques foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, em sessão do Pleno, no dia 19 de junho do ano passado. Mas, apesar do parecer, o TCE apontou 13 falhas consideradas graves e fez 20 recomendações ao Poder Executivo.

Em outubro do ano passado, o Tribunal de Contas advertiu o Executivo por causa do excesso de gasto com pessoal. O TCE argumenta que a análise dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO) e dos Relatórios de Gestão Fiscal (RGF), no segundo quadrimestre de 2017, demonstra que o Estado de Mato Grosso comprometeu 58,91% da receita corrente líquida com despesa de pessoal, extrapolando o limite prudencial de 57%, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 

Fonte: Olhar Direto

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