Parados, trens do VLT recebem cuidados diários e secretário lamenta: “poderiam estar rodando”

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ALMT TRANSPARENCIA

Quase cinco anos após chegarem a Cuiabá, os trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ainda continuam confinados dentro do Centro de Manutenções, localizado em Várzea Grande. O que poucos sabem é que as composições recebem atenção e cuidados diários. Todos os dias, os veículos tem manutenção para evitar problemas causados pelo forte sol da capital mato-grossense. O secretário-adjunto do VLT, José Picolli, lamenta que os trens não estejam a serviço da população: “Poderiam estar rodando, ainda estão cheirando a novos”.
 
A reportagem esteve no Centro de Manutenções e pôde conferir de perto como é feito o trabalho de manutenção das 40 composições. Uma equipe é responsável por zelar pelo patrimônio dos mato-grossenses. “Os veículos têm manutenção todo dia. Eu mesmo vou pelo menos duas vezes por semana para acompanhar. São verificadas as borrachas, os trens são movimentados manualmente, porque não podem ficar parados. Cobrimos as principais partes de dentro para evitar problemas causados pelo sol. Não tem nada abandonado aqui”, disse o secretário à reportagem.
 
No Centro de Manutenções, também é possível notar que praticamente tudo o que é preciso para dar sequência na obra está no local, apenas aguardando a ordem de execução dos serviços: “Está tudo aqui, só precisamos montar tudo isto na cidade. Nós não tivemos aqui nada mau feito. O que aconteceu foi a paralisação. Você pode ver a qualidade de tudo, os parafusos que estão há mais de cinco anos parecem que foram colocados hoje. Os trilhos estão perfeitos, o que se vê é um pouco de mato, mas que é rapidamente resolvido”, comenta Picolli, que foi responsável pela implantação do VLT no Rio de Janeiro (RJ).
 
“Aqui [no Centro de Manutenções] temos uma área de 64 mil m². Para ter uma ideia, o do Rio de Janeiro tem 15 mil m². Tem um local para guardar os trens, a oficina para que possa ser dada manutenção. É uma cidade que temos aqui, que irá gerar muitos empregos para a população”, explicou o secretário.

A reportagem também teve a oportunidade de entrar nas composições. Dentro, o que se vê é que os veículos estão bem cuidados e ainda com cheiro de novos. Monitores ainda estão com os plásticos de proteção, para evitar que risquem. O maior problema do local é a poeira do lado de fora, o que torna impossível que todos os trens fiquem com a aparência de limpos na parte externa.
 
Além disto, a equipe responsável por cuidar do local também se preocupa com o mato que fica perto dos trens. Periodicamente o matagal é cortado ao redor das composições, para evitar problemas, como um possível incêndio, que poderia fazer os quase R$ 500 milhões gastos com as composições virarem fumaça.
 
“Quando nós vemos esta cena aqui, ficamos tristes. Estes trens estão todos parados, mas poderiam estar rodando. Poderia estar auxiliando o trânsito e dando maior conforto às pessoas. Com o VLT, não teríamos problemas com a greve dos caminhoneiros, já que ele é elétrico. Temos um ótimo serviço para oferecer, que em breve estará pronto para a população”, disse Picolli.

 

Fonte: Olhar Direto

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