Empresário mandou matar jovem de 25 anos para não reconhecer paternidade

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A Polícia Civil prendeu três homens por envolvimento na morte de Jakielly Pontes da Silva, de 25 anos, assassinada a tiros na madrugada da última quinta-feira (13), em Jaciara (160 quilômetros de Cuiabá), quando voltava do trabalho em uma motocicleta Honda Biz. Tiago Floriano de Paula, de 30 anos, pagou para dois funcionários matarem a operadora de caixa, pois não queria assumir a paternidade de um filho de oito meses.

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Os trabalhos iniciais de investigação indicaram que a vítima não possuía inimigos, era apontada por conhecidos como uma pessoa trabalhadora, mãe de três filhos, não possuía vícios ou dívidas e estava retornando do trabalho (uma loja de conveniência) quando foi assassinada. Nenhum pertence foi levado da vítima.
 
A Polícia Civil descobriu que recentemente Jakielly havia ingressado com uma ação de reconhecimento de paternidade postulando para que Tiago reconhecesse uma criança de oito meses como seu filho.
 
O delegado responsável pelas investigações, João Paulo Praisner, disse que no dia 10 de setembro ocorreu uma audiência no Fórum de Jaciara em que Tiago se recusou a reconhecer voluntariamente a paternidade da criança. Na quarta, (12) Jakielly, Tiago e a criança forneceram material genético para exame de DNA. "Poucas horas após o fornecimento do material genético, Jakielly foi assassinada", afirmou.
 
Tiago foi localizado em um lava-jato, do qual ele é proprietário. À polícia, ele negou o crime e declarou ainda ter permanecido em casa durante toda a noite. No entanto, “em razão das contradições apresentadas pelo suspeito, e confronto com depoimentos testemunhais, representei pela prisão temporária do investigado, que foi decretada pelo Judiciário e cumprida ainda no dia 13 de setembro”, esclarece o delegado.
 
Ao ser novamente interrogado, em 18 de setembro, Tiago acabou confessando ter sido o mandante do homicídio. O suspeito contou que contratou dois de seus funcionários, identificados como João Vitor Pereira dos Santos, 18, e Gilmar Oliveira dos Anjos, 25, para executarem a vítima.


 Thiago, João Vitor e Gilmar, da direita para esquerda. 

Ainda durante o interrogatório, Tiago disse ter prometido a quantia de R$ 2 mil para João Vitor e R$ 1.500 para Gilmar. A motivação, de acordo com Tiago, decorreu o fato de Jakielly postular reconhecimento de paternidade.
 
De acordo com assessoria de imprensa, o delegado João Paulo Praisner representou também pela prisão temporária de João Vitor e Gilmar, que foram deferidas pelo Judiciário. Gilmar foi surpreendido pelos policiais civis na quarta-feira (19) no lava-jato de propriedade de Tiago. Já Joao Vitor foi surpreendido em via pública no bairro Santo Antônio, no interior de um veículo, quando se preparava para deixar o município com intuito de fugir da ação policial.
 
Ambos confessaram o crime, sendo que o primeiro afirmou ter efetuado os disparos contra a vítima e o segundo contou ter pilotado a motocicleta utilizada na prática do delito. Ambos também declararam terem sido contratados por Tiago sob promessa de recompensa financeira após a execução.
 
Os três suspeitos seguem detidos, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias.

 

Fonte: Olhar Direto
 

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