Tenente Ledur é aprovada em inspeção de saúde para promoção do Corpo de Bombeiros

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ALMT

A tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur Souza Dechamps, que é acusada de torturar e causar a morte de Rodrigo Claro em novembro de 2016, foi considerada apta na inspeção de saúde realizada no último dia 28 de março, como requisito para tentar ser aprovada para uma das 41 vagas para o posto de capitão oferecidas neste primeiro semestre de 2019. 
 
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Ledur e os outros candidatos foram submetidos a uma inspeção de saúde, que é requisito obrigatório ao bombeiro militar que busca concorrer à ascensão hierárquica na carreira. A inspeção aconteceu no posto médico da Guarnição de Cuiabá do Exército Brasileiro. 

A tenente chegou há ficar dois anos sem trabalhar, adiando também sessões, sucessivas vezes, em decorrência das licenças médicas que recebeu. Neste período ela chegou a ficar agregada, o que significa que a contagem do tempo de serviço para que o militar suba de patente é paralisado. Mesmo com isso ela foi considerada apta a se candidatar a uma vaga de capitão.
 
Aguardando julgamento

O juiz Wladymir Perri, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, agendou para o próximo dia 16 de abril o interrogatório da tenente Izadora Ledur Souza Dechamps. O magistrado também marcou a data para serem ouvidas as testemunhas.
 
O magistrado definiu que a sessão de instrução para o interrogatório ocorra às 13h30, no Fórum de Cuiabá. No dia anterior, 15 de abril, devem ser interrogadas as testemunhas arroladas pela defesa.

O caso

Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.
 
Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares foram realizados, de acordo com a perícia criminal.

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