Mauro Mendes diz que gestores estão com medo de comprar remédios com sobrepreço

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Foto: Michel Alvin - Secom MT
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), comentou que os gestores do Brasil estão com medo de comprar medicamentos e equipamentos para o combate da Covid-19 porque não querem responder judicialmente por ações de improbidade por adquirir algo com sobrepreço.

A fala de Mendes aconteceu em uma sessão via videoconferência com outros governadores e a Câmara dos Deputados, na tarde de quinta-feira. Segundo o chefe do executivo de Mato Grosso, os preços explodiram.

“Os preços explodiram e os gestores estão com medo de comprar para depois não ter que responder eternamente por ações de improbidade”, explica.

Uma pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, aponta que faltam rempedios na rede pública. Esse foi o tema de uma reportagem do Jornal Nacional da noite de quinta-feira (25).

Conforme o levantamento, em Mato Grosso, por exemplo, tem remédio que deve durar apenas mais cinco dias. O Ministério da Saúde diz que cabe aos estados comprar os medicamentos.

Ainda na matéria do Jornal Nacional, o neurologista Cesar Androlage, que trabalha na rede pública e particular de Cuiabá, disse que profissionais de saúde e pacientes já perderam a guerra contra a Covid-19 pela falta de medicamentos.

“Acaba sendo desesperador tanto para nós médicos, como para a família. A mortalidade de pacientes de Covid grave está aumentando drasticamente. A gente às vezes acha que vai salvar este paciente, tem todas as possibilidades dele conseguir ter uma sobrevida melhor e ele acaba falecendo. Na verdade, está morrendo muito mais gente de Covid por falta de medicamentos do que propriamente pela doença”, afirma.

O Ministério da Saúde, em resposta à reportagem, afirma que já adotou providências para regularizar o abastecimento dos hospitais, e que os primeiros lotes com medicamentos vão chegar nos próximos dias.

O ministério reforçou que a responsabilidade da compra é dos municípios ou dos próprios hospitais. Mas que tem ajudado os governos locais, diante das dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus.

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