Advogado nega que adolescente tenha experiência com armas e diz que cena não foi alterada

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Foto: Rogério Florentino / OD / Reprodução
CAMARA VG

Fonte: Olhar Juridico

O advogado Rodrigo Pouso, que patrocina a defesa da família da adolescente de 14 anos  que atirou e matou sua amiga, Isabele Guimarães Ramos, 14, no último domingo (12) reforçou que o ocorrido foi um acidente e que não houve qualquer tipo de adulteração na cena do crime. Ele ainda disse que a garota responsável pelo disparo não era perita, treinava há apenas quatro meses.

O fato aconteceu na noite de domingo (12), na Rua das Catais, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. A vítima foi atingida por um único disparo, sendo que o orifício de entrada foi na narina e a saída na cabeça. O advogado da família do dono da arma, Rodrigo Pouso, disse que o caso foi uma fatalidade.

“Não teve brincadeira nenhuma, não teve nada dessa história de manuseio de arma. A arma estava em um case. A casa dela é um sobrado, a arma estava embaixo e ela foi levar a arma para guardar no quarto do pai, e ela passou pela amiga dela antes e chamou, só que a case caiu  da mão dela e abriu, ela pegou a arma e se levantou, só que a arma disparou e a Isabele estava na frente, ninguém estava manuseando arma, apontando arma, isso não existiu”.

A defesa também disse que as armas encontradas são legalizadas e negou que houve adulteração da cena do crime. Segundo ele há gravação do pai da adolescente que atirou manuseando o corpo da vítima, mas disse que ele seguia orientações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O advogado ainda explicou que a arma do crime não tinha todas as travas, servia para competições e qualquer manuseio sem cuidados poderia levar ao disparo. Ele afirmou que a família colaborou com a polícia a todo momento.

Em relação ao vídeo que circulou nas redes sociais, onde a adolescente que atirou aparece em um treinamento efetuando disparos com uma arma de fogo, o advogado esclareceu que ela treina há apenas quatro meses e portanto não é experiente.

“Ela faz tiro esportivo, mas essa fatalidade não foi durante treino, ela não tem experiência, fazem quatro meses só, ela é imperita, ainda está aprendendo. Então não teve essa história, o que aconteceu foi que a arma estava na case, ela foi levar para o quarto do pai, a arma caiu, ela pegou e quando levantou disparou, foi um acidente”, disse.

De acordo com a defesa, a adolescente que matou a amiga e o pai dela, dono da arma, devem ser ouvidos pela Polícia Civil nesta terça-feira (14) ou quarta-feira (15), já que o delegado ainda cumpre diligências. Ele disse que ambas as famílias estão abaladas com o caso.

“A princípio tem que respeitar as duas famílias, elas eram amigas, como irmãs. A família da Isabele está abalada assim como a outra família também está abalada, as crianças conviviam juntas, foi uma fatalidade. Estas informações destruncadas acabam magoando as duas famílias, são crianças, amigas muito próximas”.

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