A investigação policial revelou que 16 pessoas participaram da execução de uma candidata a vereadora e irmã; inquérito foi finalizado

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Polícia conclui inquérito sobre morte de irmãs em Porto Esperidião e indicia 16 pessoas por sequestro e tortura

A Delegacia de Porto Esperidião finalizou o inquérito que investigou a morte brutal de duas irmãs, uma delas candidata a vereadora, e indiciou 16 pessoas por crimes como organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada pela morte e lesão grave, tortura e furto. O caso, que chocou a pequena cidade na fronteira oeste de Mato Grosso, ocorreu em 14 de setembro. O relatório foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual neste fim de semana.

A investigação revelou a participação de todos os envolvidos nos crimes que vitimaram Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, que foram sequestradas, torturadas e assassinadas a golpes de faca. Outras três vítimas sobreviveram, mas ficaram gravemente feridas.

De acordo com a Polícia Civil, não há indícios de motivação política no crime. Um novo inquérito será instaurado para investigar a possível participação de mandantes. Entre os 16 indiciados, oito são adultos e responderão pelos crimes descritos, enquanto outros oito adolescentes enfrentarão atos infracionais análogos aos mesmos delitos. Seis dos acusados foram presos e apreendidos durante a Operação Circus, deflagrada no dia 26 de setembro, que visava capturar os envolvidos.

O delegado responsável pelo caso, Fabrício Garcia, destacou a complexidade da investigação, que envolveu inúmeras diligências e o apoio de câmeras de segurança do programa Vigia Mais MT, da Secretaria de Segurança Pública, que auxiliaram na identificação dos criminosos. “Foi uma investigação bastante complexa, realizada em um curto período, com dezenas de depoimentos de vítimas, testemunhas e investigados. A elucidação deste caso foi um trabalho árduo das equipes policiais”, afirmou o delegado.

O crime

As irmãs e outros três jovens foram sequestrados por uma organização criminosa ao saírem de um evento em Porto Esperidião. Eles foram levados a uma residência, onde sofreram extorsão, tortura e, no caso das irmãs, assassinato. A Operação Circus cumpriu 12 mandados judiciais, incluindo buscas domiciliares, apreensão de adolescentes e prisões dos responsáveis.

O nome da operação faz referência à origem circense da família das vítimas, uma homenagem aos pais das irmãs, que eram artistas de circo.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto