Cantora trans é brutalmente assassinada em Sinop por disputa com facção criminosa, diz polícia
O delegado Bráulio Junqueira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop, a 500 km de Cuiabá, afirmou que o assassinato da cantora trans Santrosa, filiada ao PSDB, ocorreu devido à venda de drogas sintéticas sem autorização do Comando Vermelho (CVMT). Segundo o delegado, essa foi a única motivação do crime, descartando outras hipóteses. Até o final da tarde de segunda-feira (11), porém, nenhum suspeito havia sido preso.
Santrosa, que foi suplente nas eleições para a Câmara Municipal de Sinop em outubro, sofreu uma morte marcada por extrema violência: a artista foi decapitada e seu corpo abandonado em uma área de mata, sendo encontrado por investigadores da DHPP no último domingo (10).
Após o crime, o deputado estadual e presidente do PSDB em Mato Grosso, Carlos Avallone, declarou que solicitará ao presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), que cobre ações do governador do estado e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A medida visa intensificar as providências para combater a atuação de facções criminosas no estado, especialmente na região norte, onde cidades como Sinop e Sorriso têm registrado alta incidência de crimes violentos.
“Precisamos de ações urgentes, especialmente na região norte. Todos os fins de semana vemos execuções e agora com denúncias crescentes da própria população, inclusive no cenário político. Estamos atravessando um momento crítico”, ressaltou Avallone.
A reportagem acompanhou o andamento do pedido na Assembleia Legislativa, mas o presidente do Legislativo estadual ainda não informou se houve algum avanço na solicitação de medidas emergenciais.