Polícia Civil de Sinop prende adolescentes suspeitos de tortura e assassinato de jovem acusada de ligação com facção criminosa
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Sinop cumpriu, na manhã desta quinta-feira (12), mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados ao brutal assassinato de Santrosa, vítima de tortura e decapitação em novembro deste ano. A ação faz parte das investigações que apuram o crime, supostamente motivado por acusações de envolvimento da jovem com uma facção criminosa rival.
Foram expedidos seis mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária e internação. Até o momento, dois adolescentes de 17 anos foram apreendidos e confessaram participação direta no crime. Outros três suspeitos permanecem foragidos.
O caso
Santrosa desapareceu no dia 9 de novembro, quando deveria comparecer a um evento artístico, mas não chegou ao local. Seu corpo decapitado foi encontrado no dia seguinte, em uma área de mata no município.
As investigações apontam que a vítima foi rendida enquanto tomava banho em sua residência, onde começou a ser torturada. De acordo com o depoimento dos adolescentes apreendidos, mensagens e imagens no celular de Santrosa levantaram suspeitas de que ela teria ligação com uma facção rival. Após contato com um líder criminoso, foi emitida a ordem para sua execução.
Durante as diligências, a polícia identificou a casa onde Santrosa foi mantida em cárcere privado antes de ser levada para a mata. No local, foram encontrados vestígios de sangue, uma toalha, uma camisa e uma faca que teria sido utilizada no crime. Todo o material foi recolhido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para exames de DNA.
Dinâmica do crime
Segundo os adolescentes apreendidos, a vítima foi torturada em sua própria casa e teve objetos pessoais, como perfumes e dinheiro, roubados. Após a abordagem inicial, ela foi levada para uma segunda residência próxima, onde as agressões continuaram até ser conduzida à área de mata, já no período da noite, para ser executada.
Além da tortura e assassinato, os criminosos realizaram transferências bancárias da conta da vítima, conforme comprovado pela investigação. Um dos suspeitos confessou ter feito um Pix durante o crime.
Próximos passos
A Polícia Civil continua as investigações com base em provas testemunhais e materiais. A análise dos vestígios encontrados no local e o depoimento dos adolescentes serão fundamentais para a conclusão do inquérito policial.
As buscas pelos três suspeitos foragidos continuam. A polícia solicita que qualquer informação sobre os envolvidos seja repassada às autoridades de forma anônima.