Dr. João alerta que “não é aceitável que a Santa Casa feche abruptamente; mais de 400 pacientes com câncer contam com seus serviços.”

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Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Deputado Dr. João alerta para riscos no fechamento da Santa Casa de Cuiabá e cobra alternativas imediatas

O deputado estadual Dr. João (MDB) fez um apelo por cautela nas decisões envolvendo o futuro da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, uma das instituições de saúde mais antigas do estado. Em pronunciamento, o parlamentar destacou que o eventual fechamento da unidade, que atende centenas de pacientes em tratamento de câncer e hemodiálise, traria consequências graves e imediatas para a população.

“A oncologia tem mais de 400 pacientes no programa de tratamento oncológico, eles não têm para onde ir. Então, nós temos que estudar uma maneira, com calma. Não vai fechando assim não, porque o buraco é mais embaixo, é muito sério”, afirmou o deputado.

A preocupação de Dr. João se estende à manutenção da Santa Casa, que, segundo ele, tem um custo mensal superior a R$ 500 mil. Ele questiona o destino dos pacientes, caso a unidade encerre suas atividades de forma repentina. “Nós temos mais de 400 pacientes lá que fazem quimioterapia, radioterapia. É isso que tem que pensar, tem que pensar nos outros, na população, no paciente. Vai abandonar? Tem um monte de pacientes lá que fazem hemodiálise. É um assunto muito delicado”, destacou.

O parlamentar revelou ainda que discutiu o tema com o governador Mauro Mendes (União) e que uma audiência pública está marcada para o próximo dia 13 de maio, com o objetivo de buscar alternativas viáveis para manter os serviços oferecidos pela instituição.

“Nós vamos ter uma assembleia na terça-feira que vem. Uma discussão sobre a Santa Casa, onde vão surgir várias ideias. E de repente vai surgir uma boa ideia para a gente levar para o governador e para o prefeito Abilio. Para quem sabe chegar num denominador comum“, explicou.

Dr. João também criticou a proposta de reformar o antigo Pronto-Socorro de Cuiabá como possível substituto à Santa Casa. Para ele, a medida levaria tempo e deixaria os pacientes desassistidos durante o processo.

“Eu vi essa matéria, conheço a opinião dele, mas quanto tempo demora pra construir isso? Até lá, o que vai acontecer? É por isso que eu falo, essa audiência pública seria importante pra isso. Até você construir uma instituição nova, isso aí demora mais de dois anos. E até lá, vai fazer o quê? Tem que tomar cuidado”, alertou.

A situação da Santa Casa segue gerando debate entre autoridades e representantes da saúde pública. A audiência pública será o próximo passo para buscar soluções que garantam a continuidade dos atendimentos essenciais à população.

 

 

Da Redação com informações do Olhar Direto