O Governo de Mato Grosso vai esperar os efeitos práticos do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos, previsto para entrar em vigor nesta quarta-feira (6), antes de decidir sobre possíveis medidas de apoio a setores econômicos impactados pela medida. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
De acordo com o secretário, a gestão estadual prefere adotar uma postura cautelosa, analisando os impactos reais do chamado “tarifaço” antes de agir. “Temos que sentar e conversar, depois que a gente souber realmente. Se a gente não souber qual o calo que está doendo, a gente não pode aplicar o tratamento correto”, afirmou Miranda ao portal Olhar Direto, nesta segunda-feira (4).
O governo já vinha monitorando o cenário antes mesmo da confirmação das tarifas. A avaliação seguirá durante e após a vigência das medidas comerciais impostas pelos EUA. Para César Miranda, o momento ainda não permite decisões definitivas. “Está todo mundo vendo o que realmente vai acontecer. Até o dia 6, muita coisa pode mudar. E depois do dia 6, também”, completou.
O setor madeireiro deve ser o mais atingido no Estado. Em 2024, as exportações do segmento ultrapassaram US$ 16 milhões, com a expectativa de superar os US$ 20 milhões em 2025. Aproximadamente 90% dessa produção tem como destino o mercado norte-americano. Caso a sobretaxa seja mantida, representantes da indústria preveem solicitar até R$ 50 milhões em apoio governamental.
Apesar da cautela, o secretário afirmou que o Estado tem margem fiscal para socorrer os setores mais impactados, caso necessário. “O Estado tem uma responsabilidade muito grande, principalmente uma responsabilidade fiscal. Essa é a grande base do governo Mauro Mendes e Otaviano Pivetta. Graças a esse equilíbrio, o Governo pode fazer o que tem feito em obras, educação e saúde”, destacou.
FONTE – RESUMO