O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel César Roveri, anunciou nesta segunda-feira (4) uma série de medidas após o assalto à agência do Sicredi em Brasnorte, a 565 km de Cuiabá. Entre as ações, estão o envio de um novo oficial e dois policiais militares para substituir os agentes suspeitos de envolvimento no crime, além do reforço do efetivo na cidade.
Durante coletiva de imprensa, Roveri confirmou que o então comandante local, um capitão da PM, foi removido do cargo. “Tinha um comandante que era o capitão, ele foi removido da cidade. Vamos deslocar um oficial para comandar a cidade e repor também esses policiais que estão suspeitos de participação no crime”, declarou.
Segundo as investigações, cerca de 14 pessoas estariam envolvidas na ação criminosa, divididas em diferentes núcleos: financiamento, logística, execução e apoio, incluindo facilitação por parte de policiais militares durante a fuga. Dois PMs que estavam de plantão no dia do assalto foram presos por suspeita de ajudar na escapada dos criminosos.
Atualmente, Brasnorte conta com um efetivo de dez policiais militares, número que será mantido com a reposição imediata dos agentes detidos.
Roveri também destacou que o Governo do Estado vem adotando uma política de reforço no policiamento de municípios pequenos, revertendo um histórico de baixos efetivos. “Nós estabelecemos que distritos terão no mínimo 12 policiais e municípios, no mínimo 14”, explicou. Ele citou casos como o de Brianorte, que anteriormente contava com apenas três policiais e hoje tem 12.
“Essa estratégia já foi adotada e reforçada nos municípios. Com certeza, nos próximos chamamentos, vamos ampliar ainda mais o efetivo no interior, como temos feito”, acrescentou.
O caso
O assalto à agência do Sicredi ocorreu na quinta-feira (31). Dois criminosos invadiram o local, enquanto outros dois aguardavam em uma caminhonete para a fuga. As investigações indicam ainda a participação de um agiota e de um recepcionista de hotel, onde os criminosos tinham um quarto previamente reservado.
Até o momento, nem o dinheiro levado nem as armas utilizadas no crime foram localizados. As investigações continuam sob responsabilidade das forças de segurança do Estado.
FONTE – RESUMO