Caso de Roseli, morta a tiros em Várzea Grande, reforça alerta sobre aumento de crimes
Mato Grosso voltou a registrar mais um episódio trágico de violência contra a mulher. Na manhã desta quinta-feira (11), Roseli da Costa Souza Nunes, de 33 anos, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, no bairro Nova Fronteira, em Várzea Grande. A vítima estava a caminho da academia onde trabalhava como instrutora de aulas quando foi atingida no rosto.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas apenas constatou o óbito. A Polícia Militar isolou a área para os trabalhos da Politec, enquanto a Polícia Civil abriu investigação para apurar autoria e motivação do crime. Até o momento, ninguém foi preso.
O caso reacende o debate sobre a escalada da violência contra mulheres no estado. Mato Grosso tem registrado números alarmantes de feminicídios e tentativas de homicídio envolvendo mulheres, realidade que preocupa autoridades, movimentos sociais e especialistas em segurança pública.
De acordo com dados recentes da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), o estado está entre os que mais registram casos de feminicídio proporcionalmente à população. Grande parte dos crimes ocorre em ambientes de convivência familiar ou nas relações afetivas, mas também há registros de violência ligada à criminalidade urbana.
Para entidades de defesa das mulheres, casos como o de Roseli reforçam a necessidade de ampliar políticas de prevenção, acolhimento e proteção. Além disso, apontam para a urgência de um trabalho mais intenso de investigação e punição dos agressores, a fim de evitar a repetição de tragédias.
Enquanto as autoridades apuram mais detalhes sobre o assassinato, o episódio se soma a uma estatística dolorosa que expõe a vulnerabilidade de milhares de mulheres em Mato Grosso.
