PL avalia alianças e admite impasse com apoio de Bolsonaro a Mauro Mendes

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O apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às pré-candidaturas de José Medeiros (PL) e Mauro Mendes (União Brasil) ao Senado trouxe um cenário de incertezas para a formação das chapas majoritárias em 2026. A situação, classificada como um “nó tático” pelo presidente estadual do PL, Ananias Filho, decorre do fato de cada candidato estar vinculado a projetos diferentes para o governo de Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL) e Otaviano Pivetta (Republicanos).

Segundo Ananias, a divisão ocorre porque as decisões sobre os apoios ao Senado e ao governo passam por instâncias distintas. Enquanto Bolsonaro, como líder de honra do PL, define os nomes que terão seu aval na corrida ao Senado, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, é quem conduz as escolhas sobre os candidatos ao governo estadual.

“O Wellington é candidato, o Pivetta também, cada um de partidos diferentes. Temos Medeiros pelo PL e Mauro Mendes pelo União, mas ligado a outro grupo. Esse é o nó que teremos que trabalhar para destravar”, avaliou Ananias.

MDB no radar e possíveis arranjos

Além das articulações envolvendo Medeiros e Mendes, também ganha espaço a pré-candidatura da deputada estadual Janaina Riva (MDB) ao Senado. Há conversas nos bastidores sobre a formação de uma chapa com Wellington Fagundes ao governo, e Janaina e Medeiros disputando vagas no Senado. O endosso de Bolsonaro a Mendes, no entanto, pode dificultar esse desenho político.

Ananias destacou ainda que o apoio ao governador não inviabiliza uma eventual composição com o MDB. Essa definição, no entanto, caberá a Valdemar Costa Neto, em tratativas nacionais. “Não há veto a alianças. Conversas podem ocorrer e nada está descartado”, disse.

Mais de um palanque bolsonarista?

Para superar os impasses, o dirigente não descarta movimentos de troca partidária até abril de 2026, nem a possibilidade de Bolsonaro apoiar mais de um nome para o governo. Nesse cenário, Medeiros e Mendes poderiam ser apadrinhados pelo ex-presidente ao Senado, ainda que em palanques distintos.

“Tudo precisa ser construído com diálogo. Pode haver mudanças de partido, candidaturas independentes e até apoios múltiplos a candidatos ao governo”, concluiu.