Em meio ao aumento de casos de sarampo em Mato Grosso, o estado alcançou a meta de cobertura vacinal em apenas duas das principais imunizações: BCG e Hepatite B. Segundo dados do Ministério da Saúde, outras vacinas essenciais, como a Tríplice Viral — que protege contra sarampo, caxumba e rubéola —, continuam abaixo do índice ideal. Cidades como Primavera do Leste e Várzea Grande já confirmaram novos casos da doença, considerada erradicada no país.
De acordo com o levantamento, a menor taxa de cobertura é da vacina contra a Covid-19 em crianças menores de um ano, com apenas 0,74%. Em seguida, aparecem a Varicela (Catapora), com 67,89%, e a segunda dose da Tríplice Viral, com 69,54%.
As vacinas BCG e Hepatite B, ambas aplicadas ao nascer, registraram 99,01% e 96,80% de cobertura, respectivamente. No entanto, nem todos os municípios atingiram o índice ideal. Barão de Melgaço apresentou a menor taxa, com 52,98% para BCG e 52,13% para Hepatite B, seguido por Terra Nova do Norte.
Outras vacinas, como a da Febre Amarela (72,51%), Polio Injetável (81,18%) e Meningo C (83,81%), também não atingiram as metas estipuladas pelo Ministério da Saúde.
Para reverter o cenário, o governo federal lançou a Campanha Nacional de Multivacinação, que ocorre de 6 a 31 de outubro, com o Dia D marcado para o próximo dia 18. A ação tem como foco crianças e adolescentes de até 15 anos e disponibiliza todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação 2025, incluindo doses contra poliomielite, HPV, febre amarela, covid-19 e sarampo.
A iniciativa conta com R$ 150 milhões de repasses às gestões locais e adota o modelo de microplanejamento, que permite identificar áreas de risco e regiões com baixa adesão à imunização.
Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra o sarampo vem apresentando melhora: a aplicação da primeira dose da Tríplice Viral passou de 80,7% em 2022 para 95,7% em 2024, enquanto a segunda dose subiu de 57,6% para 80,1% no mesmo período.
(Com informações da assessoria)
Da Redação
