Operação prende 17 integrantes de facção de MT conectados a líderes refugiados em favelas do RJ

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Foto: Reprodução - PJC-MT
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Polícia Civil cumpre mandados, bloqueia R$ 9,3 milhões em bens e identifica elo direto entre criminosos de Lucas do Rio Verde e chefes escondidos no Rio de Janeiro

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, na manhã desta quarta-feira (19), 17 mandados de prisão contra suspeitos ligados a uma facção criminosa que atua em Lucas do Rio Verde, na região norte do estado, e que mantinha comunicação direta com líderes refugiados em favelas do Rio de Janeiro. A ação também incluiu 13 mandados de busca e apreensão e o bloqueio de aproximadamente R$ 9,3 milhões em bens dos investigados.

Estrutura e articulação interestadual

De acordo com as investigações, iniciadas em novembro de 2024, o grupo possuía um gerente local responsável por coordenar atividades como logística, contabilidade, cobrança e lavagem de dinheiro. Esse integrante mantinha diálogo frequente com chefes que teriam se escondido em comunidades no RJ para evitar ações policiais, mas que continuavam a emitir ordens para Mato Grosso.

As apurações apontam que a facção no estado funcionava como uma célula estruturada, com divisão de tarefas, repasse financeiro e articulação para aquisição de armas de alto calibre.

Paiol clandestino e viagens para buscar armamento

Durante o trabalho investigativo, a Polícia Civil descobriu que parte dos membros fazia viagens periódicas para buscar armamentos, incluindo fuzis, que seriam armazenados em uma chácara localizada em Sorriso (MT). O local funcionava como um paiol clandestino, onde o material bélico era guardado para abastecer ações criminosas da organização.

Bloqueio milionário e apreensão de bens

Além das prisões e buscas, a Justiça autorizou o bloqueio de contas e o sequestro de veículos, imóveis e outros bens vinculados aos suspeitos. A medida busca impedir o uso de recursos financeiros para manter a estrutura criminosa e possibilitar o ressarcimento ao Estado.

Segundo a Polícia Civil, a quantia bloqueada — cerca de R$ 9,3 milhões — reflete o alcance econômico da facção e evidencia um esquema sólido de lavagem de dinheiro.

Desarticulação e continuidade das investigações

A operação marca um dos maiores golpes recentes contra a organização criminosa na região norte de Mato Grosso. As autoridades afirmam que as investigações continuam para identificar outros participantes e aprofundar o rastreamento das conexões com criminosos no Rio de Janeiro.