Travesti que comunicou execução à mãe de vítima assassinada também foi morta por faccionados

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Uma travesti, que não teve a identidade divulgada, também foi assassinada pelos membros da facção criminosa que foram alvos da operação Ditadura Faccional CPX, deflagrada nesta sexta-feira (5) e que mirou nos envolvidos em homicídios em Cuiabá e Várzea Grande. Neste caso, a travesti teria comunicado à mãe de José Wallef dos Santos Lins que ele havia sido assassinado pela facção.

Dos dez envolvidos no homicídio de José Wallef, um morreu em confronto com a polícia, sendo este Bruno César Amorim Santos (apontado como líder), seis foram presos e três estão foragidos. Antes de matar José Wallef, eles sequestraram ele, a esposa dele e o filho do casal, de apenas dois anos.

“Nesse contexto todo da nossa investigação, teve uma travesti, de 19 ou 21 anos, que avisou a mãe do José Wallef que ele tinha sido pego pela facção. Não satisfeitos, eles foram e desapareceram com essa travesti. Eles mataram ela e nós ainda não localizamos o corpo”, disse o delegado Nilson Farias em entrevista coletiva na manhã de hoje (5).

De acordo com a Polícia Civil, este é um dos fatos que comprova como a população da região vivia refém da facção criminosa.

“É uma investigação que ainda está a cargo do setor de desaparecidos, mas na nossa investigação fica muito claro que eles também mataram essa travesti por conta dela simplesmente ter intervindo. Então, assim, você vê que eles ali estavam vivendo em um estado paralelo, eles não estavam sujeitos às regras da nossa legislação penal. São regras próprias, regras sanguinárias, onde as pessoas não têm direito de se expressar”.