PSD chega dividido em reunião que vai decidir se rompe com Taques; Neurilan quer consenso

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ALMT TRANSPARENCIA

O encaminhamento do debate interno do PSD de Mato Grosso promete novos capítulos emocionantes. A reunião prevista para a noite desta quarta-feira (21), em Cuiabá, corre sério risco de seqüelas para as eleições deste ano. Os grupos pró e contra a continuidade da aliança com o governador José Pedro Taques (PSDB) mantêm uma batalha interna sem trincheiras, fazendo ecoar na mídia os bate-bocas que normalmente se resumem ao debate interno.
 
Claramente pró Taques, o líder do PSD na Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Fabris, afirmou que “mais de 70% do partido” defende a continuidade na base aliança, inclusive na coligação com o PSDB. “A reunião será para comunicar o posicionamento do PSD. Não queremos atrapalhar o projeto político de ninguém. Não vai haver votação sobre permanecer com o doutor Pedro [Taques] ou não”, ponderou ele.

Já o presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), ex-prefeito Neurilan Fraga, da Executiva do PSD, defende que seja buscado consenso até o último instante. Contudo, se não for possível, que haja decisão no voto dos membros do diretório.
 
“É bom que se busque o consenso e com bom senso. Se não tiver entendimento, aí, sim, vai voto.  Não sei como pode ser contar como certo o acordo [com Taques] se existe uma grande ala que não concorda. Eu mesmo defendo que o partido rompa com o governo”, citou Neurilan, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“Cabe  à maioria tomar a decisão. Ainda não decidimos isso. Talvez o partido possa até estar na base de aliada do governador Pedro Taques. Mas fruto de um processo de discussão. Somente após discussão interna, o partido vai ter decisão final. É  essencial ouvir as bases, porque uma ampla ala que é contrária”, ponderou Fraga, crítico ácido do governo.
 
Sobre a postura de Fabris, o presidente da AMM entende que é uma posição pessoal. “Ele está falando como é a posição dele. Não é a minha posição nem de outros do PSD. Respeito a posição dele. Mas ele não manda no partido. O PSD não é de Gilmar, não é meu, não é de Fávaro.  Se não houver consenso única saída é disputar no voto”, complementou Neurilan Fraga.
 
Omisso como de outras vezes, o vice-governador Carlos Fávaro não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto. No início da noite, a Executiva do PSD divulgou nota à imprensa informando sobre a reunião e explicando que a decisão está por vir.

A íntegra da nota.
 
 
NOTA DE ESCLARECIMENTO
 
O Partido Social Democrático (PSD) informa que, diferente do que foi divulgado pela imprensa, ainda não está definida a posição do partido nas eleições de 2018.
 
Confirmamos que haverá uma reunião nesta quarta-feira (21) na sede do PSD com líderes do partido em Mato Grosso para uma decisão conjunta sobre a permanência ou não do PSD na base do Governo.
 
Ressaltamos ainda que o PSD é um partido que toma decisões em conjunto com seus membros e não de forma isolada, sem ouvir sua base.
 
PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO

Olhar Direto.

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