Com a entrega de cargos ao governo, o PSD inicia agora um trabalho de articulação para as eleições de outubro visando lançar Carlos Fávaro ao Senado. A meta é negociar com absolutamente todos os partidos, mas esbarra em veto público feito por Otaviano Pivetta ao vice-governador.
Questionado sobre a restrição, Fávaro afirmou que vai tentar superar o problema com muita conversa. “Vou dialogar e vou ver porque não caberia [uma aliança entre Fávaro e Pivetta] e se caberia ou não”, afirmou o vice-governador, após reunião que selou o afastamento do PSD da gestão Taques.
Na semana passada, Otaviano Pivetta concedeu entrevista à Rádio Capital e foi categórico ao dizer que não aceita o vice em seu grupo político. O exprefeito tenta juntar forças para lançar um candidatura forte ao Governo do Estado, possivelmente encabeçada por Mauro Mendes, para enfrentar Taques nas urnas.
“No nosso time não tem lugar para o Carlos Fávaro, nós nem consideramos essa hipótese”, afirmou Pivetta, que em 2016 saiu derrotado de sua campanha à reeleição em Lucas do Rio Verde. O pleito foi acirrado e acabou vencido por Luiz Binotti (PSD), candidato apoiado pelo vice-governador.
Todas as fichas no Senado
Internamente, Fávaro até chegou a ser incentivado a tentar uma candidatura ao Governo do Estado, por lideranças do PSD, mas isso não está nos seus planos. “É um elogio dos companheiros, eu fico até lisonjeado, mas não é essa a principal função dessa reunião”, desconversou. A meta do vice é ocupar no Senado a “brecha” aberta que será para a representação do agronegócio com a desistência de Blairo Maggi (PP) em disputar a reeleição.
“Eu fico trabalhando com muito entusiasmado com a candidatura ao Senado, mas vou estar conversando com todas as lideranças, estou autorizado pelo partido para fazer isso, para discutir um bom encaminhamento para o Estado de Mato Grosso e o para o PSD também”, finalizou.