Várzea Grande completa 151 anos com apenas 25% do esgoto tratado; Lucimar quer 75% até fim de gestão

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Várzea Grande completa nesta terça-feira (15) o seu 151º aniversário. Porém, nem tudo é festa na cidade industrial. O segundo maior município – em população – no Estado conta com apenas 25% de esgoto tratado. A prefeita Lucimar Sacre Campos (DEM) projeta que até o fim do seu mandato, com o investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o número possa saltar para 75%.

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Várzea Grande é cidade que menos investe em tratamento de água e esgoto no país
 
Ao Olhar Direto, o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, explica que “existem vários estudos, mas oficialmente o que se tem é que apenas 25% ou 26% do esgoto é tratado aqui. Nossa expectativa é apostar na obra do PAC, que é de longa duração, não terminará agora. Isso é algo que tem de ser dado continuidade. Evitamos falar de obras que vão além do mandato atual, mas acreditamos que até 2028, se o plano for seguido, possa chegar a 90%”.
 
Marcos Lemos ainda acrescenta que o objetivo da prefeita Lucimar é que, até o fim do mandato, em 2020, a cidade esteja com pelo menos 75% do esgoto tratado. Até o momento, a gestão da democrata conseguiu R$ 200 milhões através do PAC para fazer os investimentos.
 
“Ainda temos mais R$ 300 milhões em vista, mas para consegui-los, precisamos finalizar as obras que já estão em andamento. Existe essa prestação de contas, nós já tivemos trabalhos iniciados no Altos da Boa Vista, Jardim Ipanema, São João, Loteamento Beira Rio, Dom Diego, Jardim das Oliveiras e hoje inauguramos no Icaraí”, comentou o secretário.
 
Recentemente, o Ranking do Saneamento Básico, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, apontou que Várzea Grande é a cidade que menos investe em tratamento de água e esgoto no país. A pesquisa foi feita com os 100 maiores municípios do país. A ‘Cidade Industrial’ também aparece como uma das que tem o pior índice de perda na distribuição.
 
Em entrevista ao Olhar Direto, o secretário de Comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, Marcos Lemos, disse que "este é um dado que tem mais de dois anos, é referente a 2016. Além disto, o estudo não contempla o investimento que vem do Governo Federal. Só do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), temos R$ 250 milhões investidos em obras de água e esgoto".
 
Marcos Lemos ainda acrescenta que "não querem olhar o relatório inteiro, nós temos a menor tarifia do país (R$ 1,86). Existe desperdício, perda? Não! O que acontece muito é essa questão de 'gatos'. Investimos em novas bombas, encanamentos. Tem que se manter um ritmo, investir durante dez anos. Não adianta começar e parar, a cidade cresce 7% ao ano. Claro que preocupa, porque é um serviço essêncial".
 
Várzea Grande
 
Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Várzea Grande tinha 252 mil pessoas em 2010. A estimativa era de que, em 2017, o número subisse para 274 mil.
 
PAC
 
Após permanecer paralisado por quase 10 anos, inclusive levando alguns para cadeia, devido a  investigações por irregularidades nas licitações e nos contratos firmados em gestões passadas, o PAC ressuscitou. E mais: Lucimar teve de resolver a falta de certidões de regularidade fiscal da Prefeitura de Várzea Grande, para resgatar os recursos que são a fundo perdido, mas exigem contrapartida do Tesouro Municipal. E, também, vai conseguir executar parcela considerável das obras de pavimentação asfáltica e esgotamento sanitário.
 
O PAC é subdividido em projetos socioambientais: PAC Pavimentação e Drenagem; PAC Esgotamento Sanitário; PAC Abastecimento de Água; PAC Habitação para Áreas de Risco; PAC Recuperação de Lagoas e Trabalho Técnico Social.

 

Fonte: Olhar Direto

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