Ala do PR defende apoio a Bolsonaro em vez de centrão de Rodrigo Maia

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Apesar dos esforços do presidente da Câmara e pré-candidato ao Palácio do Planalto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a união em torno de um novo centrão sofre resistência por parte do PR, considerado um dos partidos-chave nas eleições devido a seu tempo de rádio e televisão.

O democrata recebeu deputados do partido em um café da manhã na residência oficial da presidência da Câmara nesta quarta-feira (16), mas uma ala da bancada defende que a legenda apoie a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

"É o casamento perfeito para os dois", afirmou ao HuffPost Brasil o deputado Capitão Augusto (PR-SP), presente na reunião e principal defensor da união entre PR e PSL.

De acordo com o parlamentar, com a aliança, o tempo de propaganda de rádio e televisão de Bolsonaro passa de 8 segundos para 2 minutos e 30 segundos. O pré-candidato também aumentaria a capilaridade, devido à influência dos diretórios regionais e prefeitos do PR.

O partido tem hoje 41 deputados e 4 senadores. O PSL, por sua vez, soma 8 deputados após Bolsonaro entrar na sigla.

Candidatos do PR, por sua vez, poderiam agregar votos de Bolsonaro. Ele tem entre 15% a 17% das intenções de voto, de acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada em abril.

Além da aproximação com o presidenciável, uma ala do partido continua a defender que o senador Magno Malta (PR-ES) seja vice na disputa pelo Palácio do Planalto. Por enquanto, contudo, o parlamentar diz que tentará a reeleição.

Ponto-chave da estratégia para garantir a aliança é que Capitão Augusto assuma o comando do PR, atualmente sem presidente oficial. A convenção nacional da legenda, em que a decisão sobre as eleições presidenciais será tomada, só deve ocorrer em julho.

Deputado Capitão Augusto (PR-SP) trabalha para PR apoiar candidatura de Jair Bolsonaro em vez de se unir a bloco de Rodrigo Maia (DEM).© Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Deputado Capitão Augusto (PR-SP) trabalha para PR apoiar candidatura de Jair Bolsonaro em vez de se unir a bloco de Rodrigo Maia (DEM).

O candidato de centro-direita

Diante do resultado insatisfatório dos pré-candidatos de partidos de centro-direita nas pesquisas eleitorais, integrantes dessas legendas têm articulado um movimento em torno de um nome único.

Lideranças do DEM, PRB, PP e Solidariedade fecharam um acordo para que as siglas decidam juntas a apoiar o candidato mais bem posicionado no campo. Além da pré-candidatura de Maia pelo DEM, o PRB lançou o empresário Flávio Rocha para a disputa. Já o pré-candidato do Solidariedade é o ex-ministro Aldo Rebelo.

Maia tem entre 1% e 2% das intenções de voto, de acordo com última pesquisa Datafolha, pontuação semelhante a de Rocha. Aldo não foi incluído na sondagem, divulgada em 16 de abril.

Outro movimento para acabar com a pulverização de candidatos de centro-direita defende o apoio em torno de Geraldo Alckmin (PSDB), que oscila entre 6% e 8% das intenções de voto. O PTB já declarou apoio ao tucano e a intenção do PSD é no mesmo sentido.

Há ainda dúvidas sobre o lançamento de um presidenciável pelo MDB. O presidente Michel Temer já declarou a aliados que não irá entrar na disputa eleitoral. O ex-ministro Henrique Meirelles, por sua vez, encontra dificuldades em viabilizar sua candidatura. Ele alcança, no máximo, 2% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.

Meirelles sustenta que seu nome irá crescer quando se tornar mais conhecido. De acordo com ele, pesquisas internas qualitativas mostram um "potencial de crescimento enorme". "Teremos todas as condições de estar no 2º turno e de vencer as eleições", afirmou a jornalistas após reunião com a bancada do MDB no Senado nesta quarta.

A líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS) afirmou que a decisão dependerá de forças regionais, mas defendeu o nome de Meirelles. "Como o maior partido do Brasil, que tem história, fica de fora do processo eleitoral?", questionou a jornalista, após a reunião.

Sem citar o nome de Bolsonaro, a senadora destacou que um candidato de "extrema-direita" está à frente nas pesquisas, de modo que "qualquer outro candidato" menos extremista teria chances na disputa. Ela defendeu que o partido bata o martelo o quanto antes.

 

Fonte: msn.com

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