​Mendes anuncia economia anual de R$ 150 mi e questiona poderes: “não têm nada que não possa ser cortado?”

0
729
CAMARA VG

O governador eleito Mauro Mendes (DEM) calcula que os cortes de nove secretarias e três mil cargos comissionados anunciados ontem devem gerar ao Estado uma economia mensal de R$ 150 milhões. Em entrevista concedida à Rádio Capital na manhã desta terça-feira (13), Mendes cobrou postura semelhante dos poderes e órgãos autônomos em Mato Grosso. “Será que na Assembleia Legislativa não tem nada que possa ser cortado? Será que no Tribunal de Contas, será que no Tribunal de Justiça, será que no Ministério Público [também não]?”, questionou.
 
O democrata explica que Mato Grosso simplesmente não tem dinheiro suficiente para pagar as despesas do mês e vem acumulando dívida com fornecedores e poderes. A situação, segundo ele, é mais grave do que se suspeitava na campanha eleitoral. Por isso, cobra conscientização de toda a sociedade para que todos possam contribuir. Diante de demandas do funcionalismo público e poderes, afirma que se não houver corte de gastos, todos serão penalizados com aumento de impostos.
 
“O cidadão não aguenta mais pagar imposto. Eu estou avisando, se continuar aumentando tudo aqui em Mato Grosso, cidadãos, nós precisamos ter clareza, quem paga essa conta ai sou eu, você e todos nós”, argumenta. De acordo com ele, as responsabilidades precisam ser divididas. “Nós vamos administrar, nós vamos correr atrás de sonegador, nós vamos fazer tudo que é possível, porque tem muita medida pela frente, vai sobrar pra todo mundo. Vamos fazer o que é correto, fazer o que é legal”, afirmou, sobre a necessidade de ampliar a arrecadação.
 
O governador eleito afirma que ainda precisa ter acesso a muitas informações nesta transição, mas já pôde perceber o tamanho da crise que terá pela frente. “A cada dia que passa que a gente aprofunda um pouquinho mais a gente encontra lamentavelmente surpresas negativas. Lamentavelmente nós falávamos na campanha que o Estado de Mato Grosso estava quebrado, estava atolado em dívidas, estava com muita dificuldade. Isso foi dito, eu falei isso durante toda a campanha e precisaria de muito trabalho, muita seriedade pra ajudar MT a sair desse atoleiro principalmente financeiro e a cada dia que passa a gente descobre isso, confirma isso, encontra surpresas negativas”.
 
Mauro cita que hoje o Estado tem cerca de 500 obras paralisadas, sendo a maioria por falta de pagamento aos fornecedores. “Nós temos ai o Estado devendo para Deus e todo mundo, fornecedores com meses e meses alguns com anos de atraso, alguns já pararam de fornecer. O Estado tem dificuldade hoje na cadeia de suprimento”, elenca.

 

Fonte: Olhar Direto

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here