Emanuel mantém linha “paz e amor” e sugere que Mauro Mendes “vá rezar mais”

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Diretoi

Conforme havia prometido, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), manteve o estilo “paz e amor” ao se dirigir ao governador Mauro Mendes (DEM), com quem vinha protagonizando um festival de trocas de farpas. Chamado de mentiroso pelo democrata, o chefe do Alencastro dosou seu discurso, considerou que os ataques que vem recebendo do governador ocorrem em função de um compreensível estresse por conta do trabalho e sugeriu que Mauro “reze mais”.


“Eu queria até convidar o governador para uma dessas nossas agendas, essa romaria de entregas em Cuiabá. (…) Não está à altura de um governador de Estado agredir dessa forma de baixo calão, de uma forma no mínimo indelicada, um prefeito da Capital. Mas eu entendo, várias pessoas já me falaram que ele está desesperado, angustiado com a situação do Estado que está muito feia, com folha atrasada, enfrentou a maior greve da história, um desgaste muito grande. Eu acho que é um estresse emocional. Eu acho que ele tem que estar mais em paz com a vida, estou orando por ele. Acho que ele deve se desarmar e rezar mais, porque as coisas vão mudar”, respondeu o prefeito nesta terça-feira (27).

Há algum tempo Emanuel tem declarado que está em paz com o governador e que a busca por melhorias para o Estado e para Cuiabá, cidade que Mauro já governou, teria colocado um ‘ponto final’ na crise entre os dois.

O emedebista garantiu que Mendes compartilhava do sentimento ‘paz e amor’ e que estava feliz com o trabalho feito na Capital. No entanto, o governador rebateu: “não sei de onde o prefeito tirou isso. Se ele quer fazer as pazes comigo, ele tem que parar de mentir”, disparou, na ocasião.

Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes já foram aliados no passado. O emedebista inclusive já coordenou uma campanha do hoje governador. Em 2016, Mendes se recusou a disputar a reeleição na Prefeitura de Cuiabá e também não apoiou Pinheiro, que venceu Wilson Santos (PSDB).

A crise na relação de Emanuel e Mauro Mendes ficou exposta no período eleitoral de 2018, quando o prefeito, mesmo sendo de um partido que apoiou a candidatura do Democratas, decidiu ficar ao lado do candidato derrotado Wellington Fagundes (PL).

A desavença se evidenciou em março deste ano, quando a Santa Casa de Cuiabá, à época sob responsabilidade da Prefeitura, fechou suas portas. Sempre em declarações à imprensa, os dois cobravam um do outro uma solução para o problema. Desde então outros temas foram inseridos na discussão, entre eles a busca de uma solução para a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o apoio do Democratas, partido de Mendes, a um eventual projeto de reeleição de Emanuel.

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