Secretário nega ‘kit covid’ e diz que quem receita cloroquina é médico e não governador ou presidente

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Foto: Tchélo Figueiredo - Secom MT
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar Direto

“Quem receita a cloroquina é o médico. Não o governador, prefeito ou o presidente”. Essa frase é do secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, sobre o uso do polêmico medicamento, que não tem base científica, no tratamento de pacientes com coronavírus. A liberação do remédiovirou motivo de briga e grandes discussão por conta da defesa frenética do presidente Jair Bolsonaro (eem partido).

O prefeito Beto Farias (DEM) de Barra do Garças (distante 503km de Cuiabá) anunciou a doação de um kit contendo medicamentos, entre eles a cloroquina e a ivermectina, para que pacientes com sintomas leves da Covid-19. O uso da medicação, no entanto, precisará da prescrição de um médico.

Gilberto é contra a entrega indiscriminada do kit clorquina. “Para todas as doenças já poderiam ter um kit preparado, nem precisava fazer medicina se fosse assim. Não concordo com isso. Hoje, durante a entrevista em uma rádio, me perguntaram se meu filho estivesse contaminado e houvesse 0,5% de cura com o uso da cloroquina se eu iria autorizar. Eu disse, que se o médico dizer que tem chance de cura, eu autorizaria sim. Mas é um médico dizendo. Quem indica uso desse medicamento é um médico, não governador, prefeito e presidente”, contou Gilberto.

​Gilberto ainda disse que a decisão do estado em distribuir o medicamento em apenas cidades que estão com hospitais fazendo tratamento partiu da Secretaria de Saúde. Até mesmo porque nem todos os hospitais estão com atendimento voltado para pacientes com a Covid-19.

“A questão da cloroquina, que em Mato Grosso está sendo distribuída, é uma falácia. Não existe ‘kit covid’, eu não conheço. A distribuição do medicamento é pactuada com o número de pacientes. Desconheço a informação que vamos encaminhar medicamento para casa das pessoas. No início da pandemia nunca foi dito que ela seria usado no tratamento, mas sim em pacientes em estado crítico. Mas, está se mudando essa compreensão. Se mandarem bastante cloroquina, vamos distribuir para todas as unidade de saúde, e não é auto medicação, não é pegar e tomar. Sempre terá um acompanhamento médico. Quem toma esse medicamento achando que está livre do vírus está enganado”, completou o secretário.

Por último, Gilberto reforça que esse medicamento não é indicação política, mas sim médica. “Se fosse fácil pegar a cloroquina e tomar, achando que estava curado, não precisava uma pessoa estudar 10 anos e receitar. Quem receita isso é médico. Por favor, acreditem. A cloroquina é medicamento e só médico a receita. Não é governador, prefeito e presidente”, concluiu.

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