Fonte: Olhar direto
O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu críticas acerca da transferência da gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Corpo de Bombeiros Militar. A mudança foi firmada no mês passado, por meio de decreto, e regulamentou os serviços de Atendimento Pré-hospitalar (APH) e de Resgate. Mendes disse que a medida trará economia ao Estado.
“Esse é um assunto técnico. Hoje, a comunicação interativa gera muita confusão, as pessoas não leem as matérias, leem os títulos e já se acham especialistas. Nós estamos aprofundando esse tema, porque o Bombeiros já toca o Samu em várias cidades do interior, porque não pode fazer isso em Cuiabá? É para gerar economia e eficiência, é sempre pra isso que o Governo olha”, defendeu Mauro Mendes.
O decreto do governo do Estado já havia recebido parecer negativo da comissão técnica da própria Secretaria de Estado de Saúde, e um projeto de lei da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso pede sua anulação.
O Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso (CES/MT) também é contra a mudança. Um relatório elaborado pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (SISMA/MT) apontou que o decreto poderá ensejar prejuízos na manutenção do serviço, como a possível suspensão de recursos federais por parte do Ministério da Saúde, que desconhece o fato.
De acordo com o decreto, o Corpo de Bombeiros deverá prestar assistência às vítimas de trauma e apoio às emergências clínicas, realizando, por exemplo, estabilização, imobilização e transporte ao hospital mais apropriado ao caso.
Estes serviços de resgate poderão funcionar em cidades que possuam Unidade Bombeiro Militar, efetivo Bombeiro Militar compatível e capacitado, unidade hospitalar adequada e orçamento específico.
Criado em 2007 no Estado, o SAMU sofreu ampliações das unidades de regate em 2008, 2010, 2019 e 2020, e hoje conta com 23 bases reguladas pela central de regulação, por meio do ramal 192.