A procura de bicicletas para a prática de esportes ou trilhas cresceu de forma “absurda”, avalia o empresário Fábio Figueiredo, proprietário da Fera Bike, localizada em Cuiabá. Fábio acredita que a procura tem aumentado porque o ciclismo promove uma melhor segurança em relação ao novo coronavírus.
“Na verdade, já era um mercado que vinha em crescimento, mas eu acredito que pela questão de saúde o pessoal vinha procurando muito”, conta. “Quando veio a pandemia, isso explodiu. Hoje as fábricas não conseguem atender a gente com o estoque. As bicicletas chegam nas lojas e vão embora. Não param. Desde que começou a pandemia, a procura se tornou absurda”.
O empresário acredita que o aumento da procura por bicicletas tem motivação pelo fato de que o ciclismo é um esporte individual e seguro durante a pandemia do novo coronavírus, contribuindo para aqueles que procuram fazer exercícios físicos com segurança durante este período. Ele cita que algumas pessoas alegam preferir as bicicletas do que enfrentar as academias.
“Acaba que você tem um distanciamento”, pontua ao Olhar Conceito. “Dificilmente tem um ao lado do outro. Por isso que está tendo muito essa procura porque hoje o pessoal está evitando academia, que é um lugar fechado. Com a bicicleta, você vai a lugares abertos”, exemplifica.
Fábio abriu sua empresa poucos meses antes da pandemia do novo coronavírus chegar no estado de Mato Grosso. Por este motivo, ele acredita que não tenha sofrido com lockdowns e fechamentos, principalmente pelo fato de que a Fera Bike investiu em um sistema de vendas online, o que trouxe um bom lucro para sua empresa e uma certa segurança nos primeiros meses mais restritivos ao comércio.
“Quando fechou aqui, a gente já estava faturando muito. Isso para a gente foi um ponto positivo. A pandemia nos empurrou para a frente”, conta ao Olhar Conceito. Os modelos procurados são os mais variados possíveis, podendo chegar na faixa de R$ 70 mil.
O maior problema que tem enfrentado ultimamente é a falta de estoque. Alguns modelos são quase impossíveis de achar porque a procura foi alta demais e algumas fábricas não conseguiram lidar com a demanda. Fábio acredita que a situação deve se normalizar apenas em 2022.