O deputado estadual Valdir Barranco (PT) criticou o retorno à pauta da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) do polêmico Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 2/2017 que prevê a anulação do decreto que criou o Parque Estadual Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade (a 562 km de Cuiabá).
Para ele, o revogar do decreto é “ridículo” e há “interesses eleitoreiros” por trás da estratégia. “Deve ser motivação eleitoral de quem é da região, porque quem não é, não vai instigar que se coloque na ordem do dia um projeto como esse”, disse.
Crítico ferrenho das discussões da matéria em 2017, quando ela foi aprovada em primeira votação, antes de ser engavetada no mesmo ano, o parlamentar afirmou que foi pego de surpresa com o retorno da tramitação da pauta e a tentativa de inclui-la para segunda votação no plenário.
“É um projeto absurdo, que já foi praticamente derrotado em 2017, quando eu estava ainda no meu primeiro mandato, e agora novamente desengavetaram sem qualquer justificativa. Ficam os questionamentos: A quem serve esse projeto? Quem tem interesse em a gente andar para trás, nos tempos atuais em que há toda uma conscientização cada vez maior pela preservação?”, indagou o parlamentar.
Barranco ainda salientou o grande desgaste sofrido pelo Legislativo à época, pois houve uma ampla manifestação das organizações de defesa do meio ambiente e, diante da repercussão negativa, não esperava que o Parlamento iria tentar reviver o debate.
“O parque surgiu na década de 90, e agora que deveríamos ter muito mais consciência da sua importância, vamos voltar para trás e deixar de ter para que sejam regularizadas áreas que tem lá dentro?”, criticou.
O deputado disse que pedirá novamente mais informações sobre os territórios do parque. “Vou requerer ao Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso) que nos forneça os títulos dessas áreas para que nós saibamos de quem é e se realmente esses documentos são regulares. A quem serve e por que esse interesse aqui na Casa de colocar esse projeto em pauta?”, indagou.
Fonte: Assembleia Legislativa-MT