Oposição critica escolha de membros de CPI, mas não deve recorrer a justiça

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CAMARA VG

Os nove primeiros vereadores que assinaram a favor da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar uma suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro criticaram a escolha da composição da CPI, mas não devem levar o caso para justiça por não quererem atrasar ainda mais o processo.

Nesta manhã, em reunião extraordinária do Colégio de Líderes, o presidente da casa Justino Malheiros (PV) anunciou que por 10 votos a dois, Adevair Cabral (PSDB) foi definido como relator e Mário Nadaf (PV) escolhido como membro. A CPI vai ser presidida por Marcelo Bussiki (PSB), autor do documento solicitando a abertura da comissão.

As escolhas dos nomes não agradaram os parlamentares que desde o início de setembro lutam para conseguir as nove assinaturas necessárias para a abertura do inquérito. O vereador Dilemário Alencar (PROS) cobrou o presidente Malheiros para que fossem nomeados apenas vereadores que assinaram o documento até o dia 7 de novembro, mas não foi atendido.

“Nós pedimos que fosse registrado em ata e entregamos novamente nas mãos do presidente a CPI criada no dia 7 de novembro. Os nove signatários fizeram um protocolo preventivo para que a CPI fosse criada com base nesses nove signatários, como diz o regimento interno” disse ao sair da reunião.

Já o vereador Diego Guimarães (PP) afirmou que a escolha deixa um sentimento de manobra política, mas confia no trabalho dos parlamentares escolhidos e no presidente Marcelo Bussiki (PSB), autor da proposta.

“Fica aquele sentimento de que houve uma espécie de manobra, é um processo político. Mas o vereador Marcelo Bussiki mantém a presidência e certamente ele vai conduzir com sobriedade, ele está bem capacitado”.

O progressista também crê que o grupo não deve tomar medidas judiciais contra a escolha para não atrapalhar ainda mais a CPI. “Agora vamos analisar se há a necessidade de uma medida jurídica, mas não sei se isso seria saudável para a CPI, pois isso poderia causar um imbróglio jurídico que de certa forma poderia parar a CPI no futuro. Se conseguirmos uma liminar agora e lá na frente ela é derrubada, todos os atos podem ser anulados”, avaliou.

A proposta da CPI foi feita por Marcelo Bussiki no início de setembro teve a princípio somente seis assinaturas favoráveis. Com a volta de outros dois vereadores de licenças e a decisão de Toninho de Souza (PSD) de abandonar a base do prefeito no dia 7 de novembro houve um pedido para que a CPI fosse aberta naquela data, porém o requerimento só foi lido pelo presidente Malheiros em plenário na semana seguinte, já com as assinaturas de outros onze vereadores.

A CPI tem como objetivo investigar as acusações feitas pelo ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Silvio César Araújo. Em suas delações premiadas a dupla afirmou que Emanuel Pinheiro recebia propina do governo e apresentaram um vídeo em que o prefeito, na época deputado estadual recebe uma grande quantidade de dinheiro em espécie de Silvio no Palácio Paiaguás.

Olhar Direto.

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