Buscando estimular uma cultura de respeito e valorização das normas de trânsito para redução dos acidentes nas ruas, avenidas e rodovias, as forças de Segurança Pública de Mato Grosso intensificaram as ações de fiscalizações no Estado. No mês de novembro foram abordados 921 veículos e apreendidos 382, presos 14 motoristas por infrações de trânsito e multados 526 condutores.
O delegado da Polícia Civil, Christian Alessandro Cabral, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), disse que apesar do Código de Trânsito Brasileiro ter completado 20 anos, de sua promulgação, ainda são altos os números de infrações ao código de trânsito. "Tanto de infrações decorrente de documentação veicular, quanto de condutas inapropriadas dos condutores dos veículos automotores. Os maiores índices detectados nessas operações são referentes a licenciamentos e ao mal uso de bebida alcoólica e a posterior condução de veiculo automotores", pondera.
Diante dos alarmantes índices de infrações, as forças policiais passaram a utilizar novas tecnologias nas operações de fiscalizações realizadas tanto na capital quanto no interior, em parceria com outras forças de segurança pública, como a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) e as unidades locais da Polícia Judiciária Civil e Militar.
"O objetivo imediato é estimular uma cultura de respeito e valorização das normas de trânsito. É um aspecto educacional. Esse é o papel das ações de fiscalização. Temos a esperança de no futuro estarmos empregando as forças de segurança no sua atividade primordial, que é com combate ao crime", afirma.
O delegado assevera que há um equívoco quando se pensa que as operações são para arrecadar dinheiro. "A motivação dessas operações não tem nem de longe esse foco. Essas ações são voltadas para garantir a segurança viária e a integridade dos usuários das vias", afirma.
Conforme o delegado, ao contrário de algumas críticas a essas ações, as multas impostas aos condutores que infligem as regras do Código de Trânsito, não são suficientes para os custear os danos causados nas vias, como reparos de postes, alambrados, estruturas de pontos de ônibus, sinalizações danificadas em decorrências de acidentes, assim como não custeiam os gastos que a segurança tem no emprego do efetivo para o atendimento desses acidentes, os controles de fluxo desses acidentes.
"Também não custeia os gastos do Samu nos atendimentos de trânsito, os gastos da saúde pública, da seguridade social e das próprias vítimas em decorrência desses acidentes. O objetivo das ações de fiscalização é única e exclusivamente garantir a segurança viária é a integridade dos usuários das vias", afirma.
Cabral pontua que em países de primeiro mundo, como na América do Norte e na Europa, é raro ver forças de segurança pública realizando operações de fiscalização de trânsito. "Nesses países a sociedade já adquiriu a cultura da importância e relevância da observação das normas de trânsito. Infelizmente, no Brasil, o Código tem 20 anos e ainda temos números assustadores de violação das regras de trânsito",analisa.
"Muitas vezes famílias perdem sua capacidade produtiva, perdem seu ente querido, tem uma desestruturação imensa dentro da sua organização familiar, por causa de condutas imprudentes no trânsito que afetam essa família", finalizou.