A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Cocalinho, iniciou a Operação Tribunal Paralelo para cumprir dez ordens judiciais contra os envolvidos no homicídio de uma jovem, em fevereiro deste ano.
São cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, quatro de detenção temporária e um de detenção provisória de uma adolescente.
A jovem Vitória Régia Pereira de Santana, de 21 anos, foi assassinada por três tiros de espingarda.
Duas semanas antes da execução, Vitória havia procurado a Delegacia de Cocalinho para solicitar assistência, uma vez que havia sofrido diversos castigos físicos por parte de integrantes de uma organização criminosa na cidade. Vitória, cansada das dores que sofreu e da morte que o grupo criminoso decretou, resolveu depor na delegacia.
Dada a gravidade do caso e a consciência de que as ameaças seriam cumpridas, a equipe policial a conduziu para exames. Em seguida, com o auxílio da área de assistência social do município, foi possível retirar a vítima da cidade e Vitória foi transportada em um ônibus para outro município.
A Polícia Civil foi notificada sobre o assassinato da jovem no dia 08 de fevereiro. Devido ao uso de substâncias psicotrópicas, ela foi atraída para o consumo da substância e, no local, foi executada.
Com base nas informações obtidas, o delegado Valmon Pereira da Silva representou os processos judiciais, que foram deferidos pelo juízo da Comarca de Água Boa.
O grupo em questão responderá pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, corrupção de menores e associação a organizações criminosas.
A Delegacia de Cocalinho investiga outras mortes e desaparecimentos de pessoas no município, como o de Diogo Rosendo de Souza, que foi visto com outros criminosos em 11 de novembro do ano passado e, desde então, não retornou mais à sua residência.
As investigações revelaram que ele foi confundido com um membro de uma facção rival, assassinado e o corpo foi ocultado. Três pessoas foram presas temporariamente e estão sendo realizadas diligências para localizar os restos mortais da vítima.
O nome da operação
A facção executa possíveis rivais sem qualquer justificativa, aplica a disciplina (salve) em membros do grupo e, em último caso, executa as vítimas.