No período de quatro dias, o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde (MS) identificou mais de 1,5 mil casos suspeitos de dengue. A notificação de 7.254 notificações para esta terça-feira é de 7.254, contra 5.680. Há três mortes relacionadas à doença, e há quatro em investigação. Os dados apresentados mostram um aumento significativo no número de casos de dengue.
Dos casos notificados, 5.530 foram confirmados. O índice de incidência da doença é de 198,3 por 100 mil habitantes. O estado ocupa a sexta posição no ranking nacional, atrás apenas do Amazonas.
Em relação ao mês de janeiro, houve um aumento de 744,7%. Até o dia 27 de janeiro, foram notificados 859 pacientes que apresentavam a doença.
Apesar da alta incidência de casos, Mato Grosso não está entre os municípios que receberão a vacina Qdenga, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Cuiabá também é um estado de alerta para as arboviroses, em particular a dengue, devido ao risco de uma epidemia devido ao Índice de Infestação Predial (IIP), que faz parte do Levantamento Rápido de Índices para a Dengue (LIRAa)
O IIP registrado em Cuiabá é de 6,0, quando o ideal é que o índice seja inferior a 0,99.
De acordo com o Informe Epidemiológico no 3 da Secretaria de Estado de Saúde, até o dia 21 de fevereiro, foram confirmados 405 casos de dengue, três de zika e quatro de chikungunya.
O LiRAa é composto por 27 agrupamentos de bairros, sendo que, em 21 desses agrupamentos, há um alto risco de uma epidemia de dengue. Em seis conglomerados, o risco é médio e nenhum dos seis apresenta um risco baixo.
A equipe de combate às endemias, semanalmente, realiza visitas às residências e aos bairros. O objetivo é realizar visitas a 800 a 1000 imóveis, a cada 45 dias, de forma analise e avaliação dos imóveis, até a realização da visitação por área.
Em casos em que há suspeitas de dengue, o imóvel é bloqueado e o larvicida é aplicado. Até o presente momento, foram visitados mais de 87 mil imóveis.
De acordo com a gerente de animais sinantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, o aumento no número de casos em Cuiabá não reflete no aumento de casos devido à circulação do vírus da dengue.
Jussara frisou que, uma vez que o vírus já se espalhou e a população teve contato, não será possível repercutir o problema novamente. “São quatro sorotipos, se o paciente já contraiu o primeiro, não terá mais problemas. Temos muitos casos de jovens e adolescentes, pois provavelmente não tiveram contato com o vírus que circula”, disse.
