Wilson sustenta que as organizações criminosas estão localizadas nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. “Peladão não ficaria de fora”

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Foto: Assessoria AL/MT
ALMT TRANSPARENCIA

O deputado Wilson Santos (PSD) comentou pela primeira vez sobre a Operação “Apito Final”, que desbaratou uma organização criminosa que, dentre outras ações, utilizava um time do futebol amador de Cuiabá para lavar dinheiro para o tráfico de drogas. Idealizador do Peladão – maior campeonato de futebol amador – o parlamentar afirmou que as organizações criminosas estão em todos os poderes constituídos e que o futebol amador não seria diferente.

“Eu sou o parlamentar que tem dito, reverberado isso aqui. As facções criminosas estão no Legislativo, no Executivo, no Judiciário, nas forças de segurança, em igrejas, em centros espiritas, no esporte”, disse Wilson.

Em abril do ano passado, o parlamentar já havia feito uma denúncia semelhante. Durante entrevista, o ex-tucano afirmou que alguns deputados de Mato Grosso tiveram o apoio do Comando Vermelho (CVMT) para se eleger.

O parlamentar ainda acrescentou, na ocasião, que durante a campanha eleitoral do ano passado, foi barrado em dois bairros periféricos de Cuiabá. Com isso, pediu para conversar com então secretário de Segurança, Alexandre Bustamante.

“Têm (organização criminosa) nos times, têm partidos, têm políticos, têm PM’s. Tem todo mundo. É uma pena”, lamentou o deputado. Agora mesmo, o presidente do Botafogo, John Textor, encaminhou para CPI do Senado duas horas de denúncias em relação a ações criminosas. Então, está generalizado. Não seria o Peladão que ficaria fora disso.

A Operação Apito Final

Em abril, o delegado Rafael Scatolon, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), disse que o time de futebol  Amigos W.T., um dos mais conhecidos, “é destinado única e exclusivamente para fins de lavagem de dinheiro”. Segundo a autoridade policial, agremiação só existe para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O governador Mauro Mendes (União) chegou a defender a exclusão da equipe do Peladão.

O time é de propriedade de Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como W.T., preso em Maceió – Alagoas – durante um torneio. De acordo com a Polícia Civil, ele é tesoureiro da facção criminosa Comando Vermelho e líder de um esquema de lavagem de capitais, que teria movimentado cerca de R$ 65 milhões.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto