Menor diz que matou professor do Salesiano em reação a tentativa de aliciamento; vítima foi asfixiada e carbonizada

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

O adolescente de 17 anos apreendido nesta sexta-feira (10), suspeito de matar o professor do colégio Salesiano Santo Antônio, Celso Gomes, de 60 anos, admitiu  em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que assassinou a vítima asfixiada. Ele justificou o crime dizendo que o fez ao recusar as supostas “investidas” da vítima durante uma carona. Para ocultar o cadáver, o corpo do educador foi carbonizado.

O corpo de Celso foi encontrado em uma região de mata próximo à Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em estado de decomposição. Além do adolescente de 17 anos, outras três pessoas, sendo outro menor de 16 anos, um rapaz de 18 e a namorada do assassino, de 20 anos, foram detidos.

Segundo o menor, Gomes o deu uma carona sentido ao bairro Parque Cuiabá, na sexta-feira (3). Em determinado momento, já dentro do carro, eles tiveram uma discussão, instante em que o rapaz saiu do veículo, mas teria sido convencido a voltar por Celso. O suspeito sustenta que o professor passou a aliciá-lo, e que, por isso, deu um ‘mata-leão’ na vítima, que desmaiou.

“Quando o professor já ia para Santo Antônio, aí eles encontraram e foi dado essa carona. Aí houve um desentendimento entre eles, ele desceu do carro”, disse o delegado Roberto Amorim.

“O professor mais na frente conseguiu pegar ele de novo e teria dito ‘eu vou te levar de boa’. Segundo ele, muitas vezes aconteceu. Segundo o adolescente, [ele] falou que o professor tentou aliciar ele e ele não concordou muito com essa atitude do aliciamento. Por isso que ele partiu para cima do professor”, acrescentou.

Depois de recobrar a consciência, Celso foi enforcado até a morte pelo rapaz. Após assassinar o professor, o menor, usando o carro da vítima, teve ajuda de outro comparsa para ocultar o corpo de Celso.

“Um dos outros indivíduos ali que estão identificados teria contribuído para a ocultação do cadáver da vítima. Nesse contexto também foi feita a subtração do veículo da vítima”, acrescentou o delegado Maurício Maciel.

Em seguida, os suspeitos se utilizaram do carro do professor para comprar gasolina e colocar fogo no corpo. Eles ainda ficaram com o veículo por alguns dias. Somente com a repercussão do sumiço de Celso na mídia, e com medo, que eles abandonaram o Gol G7 nas proximidades do bairro Santa Therezinha. O automóvel foi encontrado terça-feira (7) sujo e com marcas de batidas nas laterais.

No mesmo dia, outros pertences da vítima foram encontrados em uma estrada em região de mata, como provas aplicadas pelo docente. Nesta sexta-feira, o delegado do Núcleo de Desaparecidos da DHPP, Roberto Amorim, disse que, em diligências, a polícia prendeu um casal, que levou os agentes ao local onde o corpo de Celso foi encontrado.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto