A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), por meio da sua adjunta de Empreendedorismo e Investimento, promoveu mais uma ação em prol do artesanato mato-grossense. Desta vez, cerca de 15 artesãos foram beneficiados com a participação na Expominas que terminou no último dia 10 de dezembro, em Belo Horizonte.
Considerada uma das maiores feiras da América Latina, o evento é uma ótima oportunidade para artesãos de todo o país exporem os seus trabalhos para o público nacional e internacional.
Após cinco dias de evento, o grupo de Mato Grosso conseguiu apurar quase R$ 56 mil em vendas levando artes variadas como indígena, arte popular, manual e utilitária, dentre outras.
Entre os participantes da comitiva do estado, Vilma Ferreira de São José do Rio Claro aproveitou o momento para conhecer o lugar onde seus pais nasceram. “Foi uma chance maravilhosa de poder expor meu trabalho e ainda ver de perto o lugar onde estão minhas raízes, Belo Horizonte é linda e a Feira me ecantou”, exalta ela que produz marchetaria em cipó, além de telas e objetos com cacas e sementes como jacarandá, cedro e ‘perebinha’ típicas da região onde vive.
Vilma que é artesã há mais de 12 anos produz artigos para decoração e utilidades, achou a experiência de participar de uma grande feira bastante proveitosa e manda um recado aos artistas: “Acho que todo artesão deveria participar ao menos uma vez de um evento como este, pois, além das vendas, podemos conhecer muita gente e se encher de novas culturas. Para mim, as vendas diretas não foram muito positivas, mas, consegui duas parcerias com empresários que querem encomendar minhas peças para BH e RJ. Estou muito feliz pois valeu meu investimento”, comemora.
Diferentemente da iniciante Vilma, Francisca Gomes já é uma veterana quando o assunto é viajar. Representando Cuiabá, a artesã, só este ano, já participou de eventos em Brasília, Recife e agora em Belo Horizonte. Dona Francisca como é carinhosamente chamada por seus quase 80 anos de vida, se dedica há mais de duas décadas à arte de produzir peças em biscuit, coco e isopor retratando toda a riqueza da fauna do Pantanal.
Com toda essa bagagem, Francisca faz questão de se programar para estar presente nas feiras pelo Brasil. “São oportunidades únicas que não podemos desperdiçar. Sempre que tenho condições invisto, pois, o retorno é bom. Vendi bem na Expominas não tenho do que reclamar, mas, para isso, tive que ser maleável com os preços e atendieraos apelos dos clientes, para garantir a venda”, explica.
Para a Coordenadora do Programa de Artesanato da Sedec, Lourdes Sampaio, essas iniciativas de participar de eventos fora de Mato Grosso são estratégicas para fortalecer todo o segmento do artesanato local. “Estarmos em mais esse importante evento para o artesanato brasileiro é de grande importância para Mato Grosso, pois, além de enaltecer o estado com as mais variadas formas de arte que traduzem a nossa cultura, fomentamos a produção artesanal, prestigiamos os artesãos que encontram excelentes condições para realizarem suas vendas e fecharem negócios com lojistas e visitantes”, aponta.
