O juiz constata a extrema periculosidade do jovem que matou um empresário em Rondonópolis e o manda para a prisão máxima

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Acusado de homicídio será transferido para penitenciária federal de segurança máxima em MS

Maroan Fernandes Haidar Ahmed, acusado do assassinato do empresário Fábio Batista da Silva em 2018, será transferido para uma penitenciária federal em Mato Grosso do Sul. A decisão foi autorizada pelo juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati, que considerou a alta periculosidade do réu, envolvido em diversos crimes, incluindo homicídios, tráfico de drogas e participação em facção criminosa. A data do julgamento no Tribunal do Júri foi remarcada para o dia 14 de janeiro de 2025, em função da transferência.

A defesa de Maroan tentou diversas vezes anular a sentença de pronúncia ou alterar a data do julgamento, mas o juiz acatou o pedido do Ministério Público e fixou o dia do Júri, destacando a necessidade de medidas de segurança máxima.

O histórico do acusado reforçou a decisão de transferência. Maroan já fugiu mais de uma vez durante o processo penal, inclusive enquanto utilizava uma tornozeleira eletrônica, medida imposta pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Durante esse período, ele cometeu outros crimes graves. Em julho de 2020, ele foi denunciado como mandante de um homicídio em Aparecida de Goiânia (GO), supostamente a serviço do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em outro incidente, Maroan esteve envolvido em um tiroteio próximo à fronteira em Ponta Porã (MS) e, enquanto estava foragido, foi preso em flagrante em Santa Catarina durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Desde janeiro de 2023, ele está preso por tráfico de entorpecentes, organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo.

Diante do perfil violento e dos indícios de sua liderança em uma facção criminosa transnacional de drogas e armas, Maroan também foi colocado em regime disciplinar diferenciado.

O Caso Fábio Batista da Silva

O empresário Fábio Batista da Silva, de 41 anos, foi assassinado em 2018 em uma loja de conveniência em Rondonópolis (MT). O crime ocorreu após Fábio discutir com o motorista de uma picape Amarok sobre o farol alto do veículo, que estava direcionado para as pessoas no local.

Testemunhas relataram que Fábio se aproximou do veículo e pediu para que o motorista abaixasse o farol. Após uma breve discussão, Fábio foi baleado por Maroan enquanto retornava para sua mesa.

A Polícia Civil investigou o caso, que agora segue para julgamento em 2025.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto