Médico e ex-diretor de hospital são investigados por um esquema de pirâmide financeira em MT

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Médico investigado por suposto esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízos milionários a investidores em Mato Grosso

Diego Rodrigues Flores, médico de 35 anos, está sendo investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira operado pela empresa DT Investimentos, que teria lesado dezenas de investidores em valores milionários. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) de Cuiabá, e o nome de Diego também foi mencionado em um inquérito da Polícia Federal.

Exonerado do cargo de diretor técnico do Hospital Municipal São Benedito, em Cuiabá, em janeiro deste ano, Diego alega não ter vínculo formal com a DT Investimentos. No entanto, documentos e depoimentos de vítimas o apontam como sócio-administrador da empresa, ao lado de Taiza Tossat Eleotério da Silva, registrada como proprietária da DT. Diego nega participação direta nas operações, mas evidências indicam que ele atuava como administrador ao lado de Taiza.

Em outubro, a Polícia Civil deflagrou a Operação Cleópatra, que resultou na prisão de Taiza em Sinop. Diego e outro investigado, o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, foram alvos de mandados de busca e apreensão. A Justiça ordenou o bloqueio de bens dos suspeitos e a suspensão das atividades de empresas associadas a eles.

Segundo a Decon, o esquema teria causado um prejuízo estimado em R$ 2,5 milhões a cerca de 100 investidores, com o total de perdas podendo chegar a R$ 15 milhões. Investidores afetados incluem pessoas de outros países. Relatórios das investigações e registros públicos mostram Diego em materiais promocionais da DT Investimentos em 2021, identificado como diretor administrativo. Em uma publicação nas redes sociais da DT em abril daquele ano, Diego foi mencionado com a frase: “Nosso diretor administrativo te esperando para investir conosco”.

Além disso, o contrato de locação de uma sala comercial no Edifício Helbor Dual Business Office e Corporate, em Cuiabá, datado de janeiro de 2021, traz Diego como locatário, com Taiza figurando como fiadora.

As autoridades continuam a apurar o caso, buscando identificar outras possíveis vítimas e rastrear os ativos financeiros dos envolvidos para recuperação dos valores aplicados pelos investidores.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto