Homenagem à mãe e filhas brutalmente assassinadas há um ano por pedreiro é realizada por familiares

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Chacina de Sorriso completa um ano: família relembra vítimas com homenagens emocionantes

Neste domingo (24), completa-se um ano da chacina que abalou o Brasil, ocorrida em Sorriso, a 400 km de Cuiabá. O crime tirou a vida de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e de suas três filhas, Miliane, de 19 anos, Manuela, de 13, e Melissa, de 10. As vítimas foram brutalmente assassinadas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, que também as violentou sexualmente.

Em homenagem, familiares usaram as redes sociais para lembrar os momentos felizes vividos ao lado das vítimas e expressar a dor que ainda sentem.

A avó das meninas, Soeli Fava, publicou uma mensagem emocionante. “Vocês eram tudo para nós. Eram a nossa vida, a minha vida, a vida das tias, a vida das pessoas que estão aqui […] Nesses anos, eu agradeço a Deus ainda por ele ter deixado vocês comigo. Vocês eram, são e sempre serão tudo para mim”, desabafou.

Uma das tias, que residia próxima à família, relembrou com carinho a rotina que tinha com as meninas. “Naquele portão, a tia Nena espera vocês todos os dias e eu vou esperar eternamente”, afirmou, chorando.

Outra tia também expressou sua saudade: “Vocês não estão mais aqui, mas a presença de vocês é muito forte. Nós vamos nos reencontrar um dia. A única coisa que eu tenho para dizer é que a saudade é demais. Eu amei vocês em vida e continuo amando vocês à distância”.

O crime

O crime ocorreu no dia 24 de novembro de 2023, quando Gilberto invadiu a casa da família e assassinou as quatro vítimas. Melissa, a mais nova, foi morta por asfixia, enquanto as outras foram esfaqueadas. Todas, exceto a caçula, foram abusadas sexualmente antes de serem mortas.

O assassino foi preso três dias depois, em 27 de novembro, enquanto trabalhava em uma obra ao lado da residência das vítimas. Durante a abordagem, a polícia encontrou em sua posse roupas íntimas pertencentes às vítimas.

Devido à comoção causada pelo caso, Gilberto foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE), onde permanece isolado.

Julgamento ainda sem data

Em julho deste ano, a 1ª Vara Criminal de Sorriso determinou que o pedreiro seja submetido a júri popular, conforme solicitado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso. A data do julgamento, no entanto, ainda não foi definida.

A chacina de Sorriso segue como uma das tragédias mais marcantes do estado, deixando uma ferida aberta na família e na comunidade local, que continuam buscando justiça e conforto em meio à dor.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto