“A polícia precisa ser controlada”, afirma Wilson, defendendo o uso de câmeras corporais para evitar assassinato de Renato Nery

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Foto: Marcos Lopes/ALMT

O deputado destacou que o governador Mauro Mendes (União) é um opositor declarado ao uso de câmeras e avaliou que o caso de Nery não deve alterar sua posição. “O governador já tem a cabeça formada sobre isso, e é muito difícil mudar suas convicções. Diferente do governador Tarcísio Freitas, que durante a eleição de 2022 se posicionou contra o programa de câmeras em fardas, mas depois mudou de opinião e ampliou o programa em São Paulo.”

O parlamentar afirmou que continuará defendendo a instalação de câmeras nas fardas e viaturas da Polícia Militar. “Não o mau policial, como eu sempre digo. Tem bom e mau profissional em todas as áreas. Mas o bandido fardado, que usa coturno, armas e viaturas pagas pelo contribuinte para tirar vidas inocentes, é o pior dos bandidos. A instituição Polícia Militar merece respeito, tem 190 anos de história, mas lá dentro também há criminosos.”

Wilson, que é membro titular da Comissão de Segurança Pública, afirmou que irá cobrar um debate sobre a investigação da morte de Nery e a segurança pública no estado. O crime, motivado por disputa de terras, levou à deflagração da Operação Office Crime, na qual seis mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão foram cumpridos, um deles na base da Rotam. Durante a ação, a arma usada no homicídio foi apreendida, assim como a motocicleta utilizada na fuga do executor.

Renato Nery foi morto a tiros em 5 de julho de 2023, na Avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá. Desde então, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso. Entre os presos na operação está um cabo da Polícia Militar, Wailson Alessandro, que atuava na Casa Militar e pediu exoneração em 27 de março. O governo estadual afirmou que punirá qualquer servidor envolvido em crimes.